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Como a China está reforçando as regulamentações dos sistemas de assistência ao motorista de nível 2

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China endurece regras para sistemas de assistência ao motorista de nível 2

A China introduz padrões de segurança obrigatórios para sistemas de assistência à direção de nível 2. Descubra como as novas normas visam combater a publicidade enganosa e o uso indevido da tecnologia, aumentando a segurança nas estradas.

A China está tomando medidas rigorosas para aumentar a segurança nos veículos conectados. O Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação (MIIT) abriu uma consulta pública para um novo padrão nacional que tornará obrigatórios os requisitos de segurança para os sistemas de assistência à direção de nível 2 (L2).

A medida visa combater o uso indevido e a publicidade enganosa, que têm contribuído para acidentes fatais no país.

China endurece regras para sistemas de assistência ao motorista de nível 2

 A rápida adoção de sistemas de assistência à direção L2 na China, que já equipa mais de 62% dos carros de passeio vendidos, trouxe consigo sérios desafios.

Segundo o MIIT, algumas montadoras usam termos como “direção autônoma avançada” ou “tomada de controle zero”, confundindo os consumidores e minimizando as limitações do sistema. Esse marketing irresponsável leva motoristas a se tornarem “complacentes”, adotando comportamentos perigosos como dirigir sem as mãos no volante ou com a atenção dispersa.

Um trágico acidente no final de março, que resultou na morte de três estudantes universitários em um Xiaomi SU7, supostamente em modo de direção autônoma, intensificou o debate público e a necessidade de uma regulamentação mais rígida.


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China endurece regras para sistemas de assistência ao motorista de nível 2 – Foto: Freepik

Uma nova estrutura de segurança em três níveis

A nova norma chinesa estabelece uma estrutura de “garantia tripla de segurança” para os sistemas L2, focada em três pilares principais:

  1. Desempenho Funcional: A norma define rigorosamente as condições sob as quais os sistemas podem ser ativados e estabelece requisitos técnicos para as funções de assistência, abrangendo interação homem-máquina, segurança e registro de dados.

  2. Gestão do Processo: Os protocolos de segurança agora cobrem todo o ciclo de vida do produto, desde o desenvolvimento até a operação. As empresas deverão monitorar proativamente os riscos e garantir a rastreabilidade da produção.

  3. Diretrizes de Uso: Os sistemas serão obrigados a incluir recursos de monitoramento das mãos e do olhar do motorista. Se o condutor não responder aos alertas, o sistema será desativado. Além disso, haverá bloqueios temporários para motoristas que repetidamente demonstrarem desatenção.

A China classifica a automação da direção em seis níveis (de L0 a L5). A nova regulamentação foca no nível L2, que exige que o motorista esteja sempre vigilante e pronto para assumir o controle do veículo. O objetivo é garantir que a tecnologia seja usada como uma “assistência” e não como uma solução de “direção autônoma” completa, o que tem sido um ponto crítico de acidentes e reclamações.


Você concorda com a abordagem da China para regulamentar os sistemas de assistência à direção? O que deveria ser feito para evitar que acidentes como o do Xiaomi SU7 se repitam? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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Escrito por

Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

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Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

Fonte: garagem360

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