A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da aprovou, na última quarta-feira, 22, uma moção de repúdio direcionada às cantoras Madonna, Anitta e Pabllo Vittar pelo show realizado na Praia de Copacabana, em 4 de dezembro.
A moção foi proposta por cinco deputados aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que acusam as artistas de desrespeitar a fé da maioria dos brasileiros.
Os deputados que apresentaram o requerimento são Chris Tonietto (PL-RJ), Dr. Allan Garcês (PP-MA), Cristiane Lopes (União-RO), Clarissa Tércio (PP-PE) e Júlia Zanatta (PL-SC). As tentativas de Sâmia Bomfim (Psol-SP) e Erika Kokay (PT-DF) de retirar o requerimento da pauta do colegiado não tiveram sucesso.
Daniela Carneiro (União-RJ), que votou pela manutenção da moção de repúdio na pauta, ocupou o cargo de ministra do Turismo no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de janeiro a julho do ano anterior.
A moção de repúdio também inclui o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD). Segundo Garcês, os gestores são responsáveis por permitir a realização do evento.
Além do “vilipêndio à fé”, os parlamentares também declaram que a apresentação em Copacabana teve um “forte viés erótico”.
“O caráter erótico e de inspiração pornográfica de suas coreografias — que simulavam posições sexuais e verdadeiras orgias no palco –, além de torná-las impróprias à audiência mais jovem da apresentação — que foi transmitida em rede nacional, sendo acompanhada por milhões de brasileiros de todas as idades, inclusive crianças –, ofende gravemente os princípios morais da maioria da população brasileira, e mesmo o mínimo padrão de decência necessário a uma convivência social harmoniosa”, diz um trecho da moção.
A turnê The Celebration Tour in Rio, realizada por Madonna, atraiu aproximadamente 1,6 milhão de espectadores à orla de Copacabana. Anitta e Pabllo Vittar foram convidadas especiais e se apresentaram com a rainha do pop.
Fonte: revistaoeste