O transtorno do déficit de atenção, ou TDAH, tem sido muito divulgado e cada vez mais pessoas têm se identificado com vários dos sintomas. Em média, em pessoas abaixo de 18 anos, há uma prevalência de 5,3% do transtorno; já na vida adulta, a prevalência é de aproximadamente 2,5%.
O TDAH é um distúrbio da maturação e do desenvolvimento cerebral, caracterizado por um padrão persistente de déficit de atenção ou hiperatividade/impulsividade.
Estudos têm mostrado que o consumo excessivo de carboidrato simples pode aumentar essa hiperatividade, então antes de pensar em incluir alimentos, é muito importante melhorar a alimentação, reduzindo grandes doses de açúcares refinados e produtos que contenham corantes, conservantes e aditivos químicos, ou seja, os ultraprocessados.
Ainda nessa linha de melhorar a alimentação, é muito comum ver em pessoas com TDHA alergias ou dificuldade em digerir alimentos com leite e soja. Nesses casos, é preciso investigar se os sintomas pioram ao consumir alimentos com esses ingredientes.
Outro ponto que as pesquisas mostram é que um bom consumo de proteína e gorduras boas é essencial para ajudar no metabolismo e na função das mitocôndrias, células responsáveis por fornecer energia ao nosso corpo.
Pensando nessas informações, selecionei quatro nutrientes que devem estar presentes na dieta de quem é diagnosticado com TDAH, em associação a medicação prescrita pelo médico, visando assim reduzir as doses e/ou seus efeitos colaterais.
Ômega 3
Ele vai atuar diretamente no desenvolvimento cerebral em crianças e na parte cognitiva dos adultos.
Boas fontes de ômega 3 são atum e sardinha, além de nozes e linhaça, principalmente o óleo prensado a frio da linhaça, que pode ser incluída para temperar saladas ou até mesmo batida na vitamina.
Para pacientes que fazem o uso de metilfenidato, o ideal é ingerir em cápsulas, que são vendidas em lojas de suplementos, assim garante-se um bom aporte de forma constante.
Zinco
É um cofator indireto no metabolismo de dopamina, que é um neurotransmissor responsável por levar informações do cérebro para várias partes do corpo, melhorando nossa atenção, humor e motivação.
Esse mineral está presente em diversos alimentos e o ideal é consumir pelo menos duas fontes diferentes por dia e tentar variar ao longo da semana. São eles: ostras, carne vermelha, leguminosas (que é o grupo dos feijões), sementes, nozes, frutos do mar, laticínios, cereais integrais como aveia, arroz integral, e chocolate amargo.
Magnésio
Ele ajuda a regular o metabolismo do ômega 3 e atua protegendo os neurônios. Além disso, reduz a hiperatividade, ajudando a controlar os sintomas emocionais e comportamentais.
Esse mineral deve estar presente em pelo menos três refeições ao longo do dia, então escolha três alimentos diferentes e tente variá-los de uma semana para outra. As melhores fontes são: semente de abóbora, espinafre, acelga, chocolate amargo (70% ou mais), feijão preto, quinoa, amêndoa e castanha-de-caju.
Vitamina B6
Ela age junto com o magnésio e zinco, atenuando a hiperatividade e agressividade. Importantíssimo para aqueles pacientes que perdem a paciência por qualquer besteira.
A piridoxina (B6) é encontrada em vitela, frango, fígado de vaca, porco, truta, atum, arenque e salmão. Já as fontes vegetais são: nozes, avelã, amendoim, aveia, couve-flor, batata inglesa com casca, banana, feijão e alho. Tente incluir pelo menos dois alimentos diferentes por dia.
Fonte: uol