Ovos de galinha são amplamente consumidos e usados em diversos pratos, mas você já se perguntou por que ovos de peru não são consumidos?
Eles têm mais proteínas, vitaminas e minerais do que os ovos de galinha, mas não estão disponíveis no mercado por questões econômicas e logísticas.
As peruas têm uma taxa de produção de ovos significativamente mais baixa que as galinhas, colocando apenas entre nove e 13 ovos por ninhada. Em comparação, as galinhas podem produzir mais de 300 ovos ao longo de um único ano.
As peruas demoram mais para atingir a maturidade reprodutiva, levando cerca de sete meses, em comparação aos cinco meses das galinhas.
Esse ciclo mais lento e o maior custo de criação, devido ao tamanho e à necessidade de mais espaço e alimento, tornam os ovos de peru inviáveis comercialmente.
Galinha dá mais ovos e de vários tipos
Quanto aos ovos de galinha, você já deve ter percebido que eles podem ser encontrados vermelhos ou brancos. Mas, ao contrário do que muitas pessoas pensam, a cor da casca do ovo não tem relação com as características do alimento.
O vermelho não leva vantagem sobre o branco no quesito concentração de nutrientes. Essa diferença de cor está relacionada exclusivamente à raça da galinha. Ou seja, as galinhas que têm penas brancas botam ovos brancos e as que têm penas vermelhas ou castanhas botam ovos vermelhos.
O mesmo vale para a coloração da gema, que pode ficar mais intensa por causa da presença de itens com esse tom na alimentação do animal — e isso não tem influência sobre os benefícios que ela oferece.
Já os ovos orgânicos recebem essa certificação quando as galinhas recebem alimentação 100% orgânica, ou seja, sem agrotóxicos ou fertilizantes químicos, e quando não há uso de antibióticos, remédios ou ração para favorecer o crescimento do animal. Mas isso não significa que eles sejam mais nutritivos.
Quanto às galinhas que são criadas soltas, tomam mais sol e por isso os ovos delas são mais ricos em vitaminas D. Nesse caso, os ovos são conhecidos como caipiras. Estes costumam ser mais caros.
Nos supermercados, é possível encontrar versões com ômega 3, também chamados de Pufa, que ajudam a controlar os níveis do colesterol “ruim”, o LDL, protegendo o coração. Há também os com selênio, que fortalecem o sistema nervoso, vitamina E, que atua contra os radicais livres, e DHA e colina, que favorecem o desenvolvimento cerebral.
Há ainda os ovos light, com quantidades reduzidas de colesterol, característica obtida por meio de mudanças na alimentação das aves.
Todos esses produtos têm preços mais elevados e seus benefícios ainda não são uma unanimidade entre os especialistas. Por isso, ninguém deve se sentir culpado de comprar os ovos normais.
Como guardar para consumir
Os ovos não devem ser guardados na porta da geladeira, pois, com o abre e fecha do eletrodoméstico, há muita variação de temperatura.
Também é importante não lavar o alimento antes de guardá-lo, já que isso pode remover a cutícula protetora dos poros da casca, facilitando a entrada de micro-organismos. Opte por lavar apenas antes de consumir.
*Com informações de reportagem publicada em 24/04/2024
Fonte: uol