A colheita do algodão em Mato Grosso avançou para 18,27% da área cultivada até o dia 1º de agosto de 2025, de acordo com o mais recente relatório do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Apesar do progresso em todas as regiões do estado, o ritmo segue mais lento do que o registrado no mesmo período da safra anterior.
O destaque positivo no momento está nas regiões Centro-Sul, com 15,5% da área colhida, e Médio-Norte, com 19,38%. No entanto, é a região Nordeste que apresenta o maior percentual de avanço até agora, com 40,65% da área colhida. Por outro lado, o Norte de Mato Grosso ainda não iniciou oficialmente a colheita, mantendo-se com 0% de avanço.
Comparando com o mesmo período da safra 2023/2024, todas as regiões apresentam desempenho inferior. A média estadual até 2 de agosto de 2024 era de 34,70%, o que indica uma defasagem de 16,43 pontos percentuais em relação à safra atual. A maior diferença negativa foi registrada no Médio-Norte, com -18,49 p.p., seguido pelo Oeste e Sudeste.
Na variação semanal, entre os dias 25 de julho e 1º de agosto, o estado avançou 8,52 pontos percentuais, com maior incremento na região Sudeste (+11,50 p.p.) e Médio-Norte (+10,42 p.p.). Apesar da aceleração, o Imea alerta para os impactos do atraso na logística de transporte e no escoamento da produção, especialmente em um cenário de sobreposição com a finalização da colheita do milho.
O relatório não especifica os motivos do atraso, mas especialistas apontam que condições climáticas desfavoráveis, como excesso de umidade em determinados momentos da safra, podem ter interferido no calendário agrícola.
Com o pico da colheita previsto para as próximas semanas, a expectativa do setor produtivo é recuperar parte do ritmo e garantir que a qualidade da pluma não seja comprometida. Mato Grosso é o maior produtor de algodão do Brasil, e o desempenho da colheita tem impacto direto na cadeia têxtil nacional e nas exportações do setor.
Fonte: cenariomt