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Cineasta cuiabano aponta desinformação alimentando críticas ao audiovisual

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Em meio ao debate sobre o financiamento da cultura no Brasil, o cineasta cuiabano Bruno Bini afirmou que os investimentos públicos no audiovisual não retiram recursos de áreas como saúde ou educação. Vencedor de quatro Kikitos no Festival de Gramado com o longa Cinco Tipos de Medo, Bini destacou, em entrevista ao , que o setor é sustentado principalmente por taxas recolhidas dentro da própria cadeia produtiva.
“A enorme maioria dos filmes produzidos no Brasil têm recursos oriundos do Fundo Setorial do Audiovisual, que é gerido pela Ancine. Esse fundo é composto majoritariamente por um imposto que quem paga é o próprio setor do audiovisual. Ele não vem da saúde, não vem da educação, não vem da infraestrutura. Tem impacto zero em outras áreas”, disse.
O diretor criticou a desinformação em torno do tema. “Discutir se vale a pena investir em cultura, para mim, é um exercício de futilidade. A resposta é muito óbvia: não é que vale a pena, é fundamental.”
Bini explicou que a Condecine, taxa paga por emissoras, salas de cinema e plataformas de streaming, alimenta o fundo que viabiliza produções nacionais. “Com esses recursos, novos filmes são produzidos, que por sua vez geram resultados e devolvem mais recursos ao fundo. É um setor que se retroalimenta”, afirmou.
Ele acrescentou que o audiovisual tem relevância econômica. “O audiovisual no Brasil chegou a ser, pelo menos dois ou três anos atrás, maior do que a indústria farmacêutica. É uma indústria gigantesca e os investimentos têm dado resultado. São argumentos sólidos para que se invista cada vez mais no setor e para que as políticas públicas sejam fortalecidas.”

 

Fonte: Olhar Direto

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