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Ciência & Saúde

Saiba como é feito o teste antidoping nas Olimpíadas de Paris

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Em dezembro de 2019, a Agência Mundial Antidoping (WADA) proibiu a de participar de grandes esportivos por quatro anos. Motivo: acusações de doping. Com isso, os atletas não puderam usar a bandeira da Rússia ou o hino do país durante as Olimpíadas de Tóquio, em 2021 (nas Olimpíadas de 2024, que deveriam marcar a volta do país, a Rússia foi banida pelo COI por causa da invasão da Ucrânia, empreendida em 2022).

A WADA desenvolve as regras contra doping para todos os comitês participando das Olimpíadas de Paris de 2024. Já os testes são gerenciados pela Agência Internacional de Testes (ITA). Eles ficam atentos para os atletas humanos e também para os cavalos que competem no hipismo.

Pão com manteiga do doping

As substâncias mais visadas nos testes antidoping são os anabolizantes. Em 2022, 42% dos resultados positivos para doping em todas as competições esportivas tinham a ver com o uso desses esteroides. Trembolona e oximetolona, por exemplo, são anabolizantes usados para aumentar força e massa muscular.

Além dos anabolizantes, os testes antidoping também buscam substâncias diuréticas, que aumentam a produção e liberação de urina pelo organismo, diminuindo a massa do atleta e acelerando a eliminação de outras substâncias proibidas do corpo.

Estimulantes, aumentando o funcionamento dos sistemas cardíaco e metabólico, hormônios, canabinoides, narcóticos e moduladores metabólicos também são substâncias proibidas para um atleta num evento como as Olimpíadas. Até a cafeína já passou alguns anos regulada.

Nas Olimpíadas, menos de 1% dos testes antidoping aparecem como positivos. Mas como eles funcionam?

Exame de urina

Os testes antidoping são feitos com amostras de urina dos atletas. Se os resultados forem inconclusivos ou insuficientes, a Agência Mundial Antidoping pode pedir amostras de sangue. Tudo que for coletado será analisado no Laboratório Francês Antidoping, em Orsay, e as amostras dos cavalos vão para o Laboratório de Corrida de Cavalos, em Verrières-le-Buisson, nos subúrbios de Paris.

Todas as amostras serão guardadas por dez anos após o fim do evento. Isso quer dizer que, se for levantada uma suspeita de que algo passou pelo exame antidoping sem que ninguém percebesse, os testes serão refeitos. Se o resultado for positivo, as consequências para o atleta serão as mesmas do que se as substâncias proibidas tivessem sido encontradas em 2024.

O método complementar de amostragem através de uma gota de sangue seco, que foi usado pela primeira vez nas Olimpíadas de Tóquio, também vai ser usado nos Jogos desse ano. Uma pequena quantidade de sangue é coletada com uma picada num vaso sanguíneo pequeno. Depois disso, um papel absorvente especial é usado para secar o líquido, facilitando o transporte e o armazenamento da amostra.

Os atletas também têm passaportes biológicos com a WADA, relatórios eletrônicos juntando os dados biológicos de todos os competidores, com exames regulares de sangue e urina para mostrar as mudanças naturais no organismo e no metabolismo das pessoas. Esse histórico também é uma forma de perceber alterações que não são naturais, com um que identifica medidas fora do padrão dos atletas.

Nas Olimpíadas de Paris, o Brasil perdeu seu representante na maratona masculina por causa de um teste positivo de doping. A Autoridade de Controle de Dopagem (ABCD) testou e constatou a presença de três hormônios anabolizantes na corrente sanguínea de Daniel Nascimento. O atleta foi suspenso preventivamente antes dos Jogos, quando o exame foi feito.

Fonte: abril

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