Vários, mas nenhum deles aparece em quantidade suficiente para matar o autor do flato ou os transeuntes próximos.
Para começo de conversa, um pum humano médio tem 7% de metano (CH4) e 9% de gás carbônico (CO2), dois gases que, embora não sejam propriamente tóxicos, matam por asfixia.
Ambos são, também, gases de efeito estufa, que impedem o calor absorvido pela superfície da Terra de voltar para o espaço. Os puns do gado, repletos de metano, representam uma contribuição notável para o aquecimento global: 14,5%.
O pum também pode conter quantidades minúsculas, inferiores a 1%, de sulfeto de hidrogênio – o gás com cheiro de ovo podre responsável por transformar suas emissões inodoras e inocentes num perfume devastador.
Na pior das hipóteses, esse 1% dá cerca de um terço de miligrama. O problema é que o aroma (rs) desse troço é tão pungente que já somos capazes de cheirá-lo em uma concentração de 0,008 partes por milhão (PPM), o que torna o tal terço de miligrama perceptível pelas narinas em um cômodo de apartamento médio, de 4 m por 3 m.
O sulfeto, porém, só se torna perigoso em concentraçõs superiores a 10 PPM. Ou seja: mesmo a emissão retal mais devastadora não chega perto de uma dose letal, que só ocorre em acidentes de extração de gás natural ou aterros sanitários.
Pergunta de @leonardoreis13, via Instagram.
Fonte: abril