O mau hálito ou halitose, pode alterar o padrão de comportamento das pessoas em relação à sua vida social, familiar e profissional, levando a apresentar tendência ao isolamento. Nós tratamos disso recentemente nesta matéria. E na terceira idade, a situação não é diferente. Ela causa o mesmo desconforto e preocupação, e ainda requer atenção especial, principalmente por conta do uso de próteses dentárias e medicamentos.
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“Na terceira idade, temos alguns fatores agravantes como o uso de medicamentos que podem dar como efeito colateral uma diminuição da produção salivar, gerando a boca seca ou xerostomia. Consequentemente, temos uma maior descamação da mucosa interna da boca e isso acaba gerando mais halitose”, explica Cláudia Gobor, cirurgiã dentista especialista no tratamento da halitose, e atual diretora executiva da Associação Brasileira de Halitose.
Por esse motivo, Cláudia conta que se faz necessária uma correta hidratação diária e, muitas vezes, até estimular a saliva corretamente para amenizar esses fatores que podem alterar o hálito. Manter uma ingestão diária de líquidos adequada, alimentar-se saudavelmente, cuidar da saúde bucal especialmente em relação à gengiva, próteses e restaurações, além de avaliar com o médico o uso de medicamentos xerostômicos e visitar regularmente um cirurgião dentista.
O empresário João Daniel da Silva, de 73 anos, reflete sobre os maiores problemas do mau hálito. “Sofri muito com uso de medicamentos que provocavam a halitose e, quando eu era jovem, descuidava muito da saúde bucal”, lembra ele. “Quando a gente fica mais velho, parece que o problema vem com tudo. E não adianta tentar disfarçar com balas e gengibre, só consegui resolver de vez quando fui ao cirurgião dentista e fiz uma avaliação. Agora, quando estou em uma roda e vejo que estão falando de mau hálito, eu fico tranquilo, pois sei que não sou eu”, comemora.
Tratamento
O tratamento adequado depende da avaliação do padrão salivar, análise medicamentosa e análise da higiene bucal do paciente. Cláudia ressalta que não é indicado usar produtos sem prescrição, como enxaguantes bucais ou remédios caseiros fornecidos no espaço virtual. “A indicação é procurar ajuda”, alerta a especialista. Posteriormente aos exames, o diagnóstico é realizado e o tratamento é personalizado de acordo da necessidade de cada paciente.
Fonte: semprefamilia.com.br