Um animal de quase duas toneladas e sem asas suspenso no ar. É difícil imaginar o hipopótamo nessa situação. Mas foi isso que um grupo de biólogos constatou ao observar imagens desses animais correndo em velocidade máxima: as quatro patas podem ficar no ar ao mesmo tempo.
Os hipopótamos correm surpreendentemente rápido para um animal tão pesado e de perninhas tão pequenas: podem chegar a 30 km/h em distâncias curtas.
É muito desafiador estudar esses bonachões na natureza, por três motivos: eles têm uma rotina noturna, passam mais de 75% do tempo parcialmente submersos em rios e pântanos e, apesar da carinha fofa, são muito perigosos para humanos.
No artigo publicado nesta quarta (3) na revista Peer J, pesquisadores do Reino Unido apontam que os hipopótamos passam cerca de 0,3 segundos totalmente fora do chão quando estão correndo.
Parece pouco, mas isso equivale a cerca de 15% do tempo do seu ciclo de passos. Para chegar nos resultados, os pesquisadores filmaram 32 indivíduos em 169 situações diferentes, usando uma câmera de alta velocidade.
Alguns outros animais se deslocam no ar velozmente, como felinos e cavalos. Mas isso é incomum em animais maiores – os elefantes, por exemplo, nunca saem do chão com as quatro patas.
A pesquisa também esclareceu uma dúvida antiga: se os hipopótamos andam como os elefantes (as pernas esquerdas se movem para frente juntas, e depois as direitas) ou como o trote dos cavalos (na diagonal, com pernas sincronizadas)?
A verdade é que, independentemente da velocidade, os hipopótamos trotam quase o tempo todo. Os cientistas ressaltam que são poucos os quadrúpedes que se movimentam principalmente por meio do trote.
Apesar de serem os parentes terrestres mais próximos das baleias, os hipopótamos não sabem nadar. O estudo apontou que, para se locomover na água, esses animais também trotam. Também é comum que eles afundem e usem a perna como impulso para voltar para a superfície quando precisam de ar.
Os pesquisadores afirmam que os resultados reforçam o que sabemos sobre as habilidades dos mamíferos terrestres e podem nos ajudar a entender como os hipopótamos evoluíram. Na prática, isso também poderia ajudar os veterinários a diagnosticar e monitorar lesões em hipopótamos.
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Fonte: abril