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Ciência & Saúde

Geada sobre vulcões de Marte: descoberta no inverno impressiona cientistas

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Marte é casa para as maiores montanhas do Sistema Solar. Os vulcões do planalto de Tharsis, na região equatoriana do , podem chegar a ter três vezes o tamanho do Everest. Agora, cientistas descobriram que essas super-montes ficam cobertos de geada na manhã durante o marciano.

Uma camada de gelo mais fina que um fio de cabelo humano se forma durante a noite sobre as crateras dos vulcões nos meses mais frios do ano. Algumas horas depois do nascer do sol, essa geada se evapora.

Astrônomos conseguiram visualizar o fenômeno por meio do Trace Gas Orbiter, satélite da Agência Espacial Europeia que está na órbita de Marte desde outubro de 2016. Uma câmera do satélite, a CaSSIS, desenvolvida na Universidade de , na , envia imagens coloridas de alta resolução. Assim, foram identificadas manchas azuis em cima das caldeiras vulcânicas da região.

Pode parecer pouca água, já que é uma camada de geada tão fina, mas os cálculos dos cientistas, publicados na revista Nature Geoscience, mostram que o gelo cobre extensões enormes. São cerca de 150 mil toneladas de água por dia condensando no topo das montanhas. A maior delas, Olympus Mons, tem cerca de 25 quilômetros de altura e cobre uma área similar à da França.

Águas de Marte

É a primeira vez que água congelada é encontrada próxima à linha do na superfície de Marte. Já foram encontradas evidências de água líquida e congelada no vizinho vermelho da Terra, com calotas de gelo nos polos norte e sul. Os padrões geográficos na superfície do planeta mostram que ele provavelmente já foi um lugar bem mais molhado.

Os ventos de Marte podem ser uma das explicações para como a água vira geada em cima dos vulcões. Eles levariam umidade até as caldeiras, que então se condensava e poderia ir mais longe, em certas épocas do ano, a até congelar.

Como é que os especialistas sabem que aquela camada congelada em cima dos vulcões é água e não qualquer outro elemento químico? Os picos das montanhas são quentes demais, mesmo no inverno, para que o dióxido de carbono, gás que compõe 96% da fina atmosfera do planeta e tem um ponto de fusão de −56,6 °C, possa virar geada.

E outros gases liberados pelos vulcões, além da água e do CO₂? O time de pesquisadores, chefiado por Adomas Valantinas, da Universidade Brown, nos Estados Unidos, argumenta que seria de esperar a geada durante o ano todo, e não só durante o inverno, que faria o vapor de água na atmosfera congelar.

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Fonte: abril

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