A China promoveu nesta quarta-feira (3) um desfile militar em Beijing para marcar os 80 anos de sua vitória na Segunda Guerra Mundial. O presidente Xi Jinping recebeu líderes estrangeiros, incluindo Vladimir Putin, da Rússia, e Kim Jong Un, da Coreia do Norte, além de mais de 20 outros representantes internacionais.
O evento contou com a presença de autoridades de organizações internacionais, como o subsecretário-geral da ONU para assuntos econômicos e sociais, Li Junhua, e ex-líderes políticos, incluindo o ex-primeiro-ministro japonês Yukio Hatoyama.
O desfile, segunda edição desde 2015, celebrou a rendição oficial do Japão em 2 de setembro de 1945. A China designou o dia 3 de setembro como o Dia da Vitória.
Em seu discurso, Xi Jinping ressaltou que a vitória representou a primeira conquista completa do país contra a agressão estrangeira em tempos modernos. Ele pediu aos países que evitem as causas da guerra e previnam a repetição de tragédias históricas.
O presidente reiterou o compromisso da China com o desenvolvimento pacífico.
“A humanidade enfrenta novamente a escolha entre paz ou guerra, diálogo ou confrontação e resultados mutuamente benéficos ou jogos de soma zero”, afirmou Xi.
Em maio, o presidente chinês participou de desfile em Moscou, destacando a contribuição da China e da União Soviética na resistência ao militarismo japonês e ao nazismo alemão durante a guerra.
O país é atualmente o maior contribuinte de tropas entre os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, com mais de 5 mil soldados em missões de manutenção da paz e uma força permanente de 8 mil pessoas prontas para operações.
Artilharia
O desfile começou com 80 tiros de salva, seguido do hasteamento da bandeira nacional e do coro do hino. Helicópteros sobrevoaram a praça exibindo faixas com mensagens como “A Justiça Prevalece”, “A Paz Prevalece” e “O Povo Prevalece”.
Mais de 10 mil soldados, 100 aeronaves e centenas de armamentos terrestres foram exibidos, incluindo tanques, artilharia, equipamentos de inteligência não tripulados, sistemas contra drones, mísseis hipersônicos, armas de energia direcionada e sistemas de interferência eletrônica.
Nova ordem mundial
Na última segunda-feira (1º), Xi Jinping propôs a Iniciativa de Governança Global (IGG), possivelmente um embrião de uma nova ordem mundial. O anúncio ocorreu na presença de 20 líderes de países não ocidentais, incluindo Vladimir Putin e Narendra Modi.
Durante a reunião, Xi criticou a persistência da “mentalidade da Guerra Fria, o hegemonismo e o protecionismo”, alertando que essas práticas ainda ameaçam a governança global, mesmo após 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial e da criação da ONU.
*Com informações da Agência Xinhua
Fonte: cenariomt