Os casos prováveis de Chikungunya em Mato Grosso do Sul atingiram um número alarmante nos primeiros meses de 2025, alcançando números totais dos anos anteriores. De acordo com o médico infectologista Júlio Croda, este ano pode registrar o maior número de casos desde 2015.
O infectologista e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) Júlio Croda, afirma que é questão de tempo para os números de casos em 2025 superarem os já registrados nos últimos anos. A preocupação com a doença é grande e deve ser levantado um sinal de alerta no estado, de acordo com o especialista.
Segundo dados do boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde), até o dia 8 de março, foram registrados 2.742 casos prováveis da doença, número que se aproxima do total de registros de 2024, que fechou com 2.766 casos e detém o recorde atual em MS.
Além dos mais de 2 mil casos prováveis, foram confirmados 387 diagnósticos e um óbito causado pela doença. A comparação com anos anteriores mostra o avanço acelerado dos casos em 2025:
Série histórica de casos prováveis de Chikungunya (2015-2025)
- 2025 (até 8 de março): 2.742
- 2024: 2.766
- 2023: 2.711
- 2022: 596
- 2021: 173
- 2020: 193
- 2019: 173
- 2018: 271
- 2017: 157
- 2016: 94
- 2015: 9
A análise da série histórica por semana epidemiológica revela um ritmo acelerado de disseminação da doença. Enquanto em 2024 o pico de casos ocorreu na 10ª semana epidemiológica com 168 registros, em 2025 o número já chegou a 509 casos na mesma semana.
Casos prováveis por semana epidemiológica
- Semana 5: 2024 – 22 | 2025 – 201
- Semana 6: 2024 – 36 | 2025 – 250
- Semana 7: 2024 – 32 | 2025 – 405
- Semana 8: 2024 – 85 | 2025 – 482
- Semana 9: 2024 – 138 | 2025 – 575
- Semana 10: 2024 – 168 | 2025 – 509
Alerta
Autoridades de saúde alertam para a necessidade de intensificação das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da Chikungunya.
A população deve reforçar os cuidados, eliminando possíveis criadouros do mosquito e buscando atendimento médico ao apresentar sintomas como febre alta, dores intensas nas articulações e manchas vermelhas na pele.
Confira Boletim Epidemiológico abaixo:
Fonte: primeirapagina