O presidente da , Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado Federal e do , Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ainda não se pronunciaram sobre a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação a Israel. O espaço segue aberto para eventuais manifestações dos chefes do Legislativo.
No domingo, 18, o presidente Lula comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza com o Holocausto, em declarações feitas a jornalistas em Addis Ababa, capital da Etiópia. A fala do petista recebeu elogios públicos por parte do grupo terrorista Hamas.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico”, declarou o presidente brasileiro. “Aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus.”
Mais cedo, Eduardo Ribeiro, presidente nacional do Partido Novo, cobrou um posicionamento dos presidentes dos Poderes Judiciário e Legislativo. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, também não se manifestou sobre as declarações de Lula.
O silêncio dos presidentes dos outros poderes diante da agressão indefensável de Lula ao povo judeu é uma vergonha para as instituições.
É esse tipo de conivência que deixa Lula confortável para falar o que pensa, fazer o que quer, e seguir levando o Brasil rumo ao precipício.
— Eduardo Ribeiro (@eduribeironovo) February 18, 2024
Parlamentares da oposição decidiram apresentar um pedido de impeachment contra o presidente Lula na Câmara. Até o momento, 91 deputados já assinaram o pedido.
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Instituições ligadas a Israel condenaram o discurso de Lula. Em nota, o Instituto Brasil-Israel afirmou que a declaração do petista “é um erro grosseiro, que infla tensões e mina a credibilidade do governo brasileiro”.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também comentou as declarações do presidente brasileiro. Para ele, Lula “cruzou uma linha vermelha” e “banalizou” o Holocausto. Netanyahu ainda convocou o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Mayer, para uma reprimenda.
Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel, informou que o presidente Lula é persona non grata no país. “Não esquecemos nem perdoaremos”, escreveu o chanceler israelense. “Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, diga ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que retire o que disse.”
Depois das declarações, o governo brasileiro chamou de volta nesta segunda-feira, 19, Frederico Mayer, para realizar “consultas”. Com o retorno do embaixador em Israel, fica mais distante uma possível solução diplomática entre o Brasil e o país.
Fonte: revistaoeste