A razão é simbólica: a casa de axé, fincada na tradição yorubá e nos saberes ancestrais, celebra 15 anos de caminhada espiritual, mantendo viva a força do aṣé, cultivando a fé, o acolhimento e a luta por respeito às religiões de matriz africana. “Cada passo dessa trajetória foi assentado com fé, dedicação e compromisso com a ancestralidade”, ressalta o babalorisá.
Segundo o babalorisá, Ogum é o senhor dos caminhos e da metalurgia foi ele quem abriu as trilhas do mundo e ensinou os humanos a transformar o ferro em ferramentas de trabalho e defesa. A explicação está em consonância com os fundamentos do candomblé, onde Ogum é reverenciado como o orixá das tecnologias, da guerra justa e das estradas. É ele que sustenta os passos, corta demandas e protege quem luta, salienta Bosco.
Já Oxóssi, Caçador Sagrado e senhor da Nação Ketu, representa a fartura, a sabedoria e a conexão com a floresta. “Juntos, eles simbolizam o equilíbrio entre força e sustento, entre movimento e permanência”, resume o sacerdote.
A festa acontece na Travessa Teófilo Otoni, no Jardim Universitário, a partir das 10 horas, e tem apoio da UFMT e incentivo cultural da Lei Aldir Blanc (Governo Federal) e Prefeitura de Cuiabá.
Fonte: leiagora