A Volkswagen anunciou uma jogada bastante experta nesta quarta-feira, 13, ao revelar uma joint venture com a Rivian, uma marca norte-americana novata focada em veículos elétricos e que rivaliza com a Tesla, de Elon Musk.
Por meio da parceria, a Volks injetará US$ 5,8 bilhões na “Rivian and VW Group Technology, LLC”.
Na prática, a startup conhecida pela picape R1T e pelas vans elétricas de entrega da Amazon ganhará um fôlego financeiro para lançar seu primeiro SUVs compacto, o R2, a partir de 2026.
Já a montadora alemã terá acesso à uma moderna arquitetura elétrica para usar em seus futuros veículos a bateria. A previsão é que o primeiro produto baseado nela chegue às lojas em 2027.
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Para ambas, também significa reduzir custos e ganhar escala de produção em meio à ameaça chinesa no segmento de veículos movidos a eletricidade.
“A criação da nossa joint venture com o grupo Volkswagen marca um importante passo à frente para ajudar na transição do mundo para veículos elétricos”, disse RJ Scaringe, fundador e CEO da Rivian.
4ª marca que mais vende elétricos nos EUA
A investida sobre a Rivian já era anunciada, mas se mostrou mais ambiciosa do que se pensava.
E ela ocorre num momento em que a Volkswagen enfrenta uma queda na demanda por seus veículos em mercados importantes como a europa.
A situação motivou a empresa a planejar o fechamento de três fábricas na Alemanha, algo tão drástico como se a França resolvesse reduzir a produção do champanhe.
Para a Rivian, a parceria é um alento num momento em que a empresa criada em 2009 tem dificuldades para expandir suas vendas, sobretudo nos EUA.
Entre janeiro e setembro, a marca comercializou 42,6 mil veículos, uma alta de 18% em relação a 2023. No entanto, sua rival Tesla emplacou mais de 470 mil carros nesse mesmo período.
Ainda assim a Rivian estava em 4º lugar no ranking de vendas de veículos elétricos nos EUA, atrás da citada Tesla, da Ford e da Hyundai. A Volks, por outro lado, tinha emplacado apenas 16,4 mil carros elétricos.
Fonte: autoo