A lĂder da minoria na CĂąmara, deputada Carol De Toni (PL-SC), vai acionar o Tribunal de Contas da UniĂŁo (TCU) com um pedido de informação sobre uma nova irregularidade no programa PĂ©-de-Meia.
Carol De Toni questiona na Corte de Contas a falta de informaçÔes sobre os 4 milhÔes de estudantes que receberam os recursos do Pé-de-Meia. O presidente Luiz Inåcio Lula da Silva anunciou o pagamento do recurso em rede nacional na segunda-feira 24.
âNem a Caixa EconĂŽmica Federal nem o MinistĂ©rio da Educação possuem qualquer controle sobre esses pagamentosâ citou Carol De Toni, sobre informaçÔes enviadas em açÔes anteriores ao Tribunal de Contas da UniĂŁo. âOu seja, o governo simplesmente enviou o dinheiro e agora nĂŁo consegue prestar contas do uso dos recursos pĂșblicos.â

A lĂder da minoria salientou que este nĂŁo Ă© o primeiro episĂłdio de suposta irregularidade que envolve o programa. Na semana passada, a deputada denunciou na tribuna da CĂąmara as âpedaladas fiscaisâ em relação Ă s âoperaçÔes financeiras proibidas entre a Caixa e o Fundo do Programaâ.
Outro ponto levantado por Carol De Toni foi a liberação de R$ 5 bilhĂ”es no ano passado por meio de âum orçamento paralelo, sem aprovação oficialâ pelo Congresso Nacional.Â
âĂ inaceitĂĄvel que recursos pĂșblicos sejam administrados dessa forma, como se o suor do trabalhador brasileiro nĂŁo valesse nadaâ, afirmou. âNĂŁo vamos nos calar e nĂŁo pararemos atĂ© que todas as manobras, irresponsabilidades e ilegalidades sejam expostas. NĂŁo permitiremos que Lula e sua turma continuem brincando com o dinheiro do povo.â

No Ășltimo dia 12, o Tribunal de Contas da UniĂŁo decidiu liberar os repasses do Programa PĂ©-de-Meia, garantindo a manutenção das mesadas a cerca de 4 milhĂ”es de estudantes. Destinado a jovens de 14 a 24 anos pertencentes a famĂlias beneficiĂĄrias do Bolsa FamĂlia, o programa tem como objetivo reduzir a evasĂŁo escolar e facilitar o acesso ao ensino superior.
Embora tenha liberado os pagamentos, o TCU determinou que o governo Lula corrija as irregularidades identificadas e integre o programa ao Orçamento de 2025, estabelecendo um prazo de 120 dias para as adequaçÔes. A decisão contraria a estratégia inicial do governo, que planejava incluir os pagamentos apenas no Orçamento de 2026.
Durante a sessĂŁo, o ministro Bruno Dantas sugeriu que os repasses fossem mantidos caso o Congresso Nacional demorasse a votar a inclusĂŁo do programa no Orçamento, mas enfrentou resistĂȘncia do ministro Jorge Oliveira.
Jå o ministro Augusto Nardes ressaltou que, caso as falhas não sejam corrigidas, novas medidas cautelares poderão ser adotadas. Representando a gestão federal, o advogado André Dantas destacou a intenção do governo de manter o diålogo com o Congresso para viabilizar o programa de forma definitiva.
Fonte: revistaoeste