A pressão pela tramitação do PL da Anistia na Câmara dos Deputados começa a se intensificar, com a previsão de uma reunião entre líderes partidários e o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB) para esta terça-feira, 1°.
A líder da minoria na Câmara, deputada Carol De Toni (PL-SC), afirmou que a oposição vai “intensificar a pressão para que a anistia aos presos políticos do 8 de janeiro seja tratada como prioridade absoluta”.
“O projeto não isenta ninguém de responsabilidade, apenas impede que brasileiros continuem sendo vítimas dessa vingança e retaliação política promovida pelo sistema”, argumentou.
A parlamentar sinalizou que a pressão para pautar o projeto vai aumentar nesta semana com o retorno de Motta ao Brasil. Na semana passada, o presidente da Casa estava na comitiva da viagem diplomática de Lula ao Japão e ao Vietnã.
“Já deixamos claro na semana passada que a minoria, o PL e a oposição estão em obstrução total até que esse tema receba a devida atenção e respeito que merece”, destacou.

Carol De Toni ainda destacou que a luta pela anistia aos presos pelo 8 de janeiro de 2023 “não tem lado político” e por esse motivo é que o PL “já conquistou o apoio de diversos partidos, da direita ao centro”.
Além disso, a parlamentar revelou que, enquanto a direita avança no apoio à proposta, a esquerda “tenta forçar uma narrativa e fracassa”. “O ato pífio que organizaram ontem —com meia dúzia de pessoas — mostra que o povo está conosco e que sociedade brasileira enxerga o absurdo dessas prisões e exige justiça.”
“Quem realmente defende os direitos humanos, quem tem o mínimo de compaixão e quem compreende a gravidade do que está acontecendo no Brasil sabe que não há democracia quando opositores são perseguidos dessa forma”, argumentou.
“A verdade é uma só: não é possível falar em justiça quando cidadãos seguem presos há mais de um ano sem julgamento adequado, sofrendo punições desproporcionais e seletivas”, afirmou. “O Brasil não pode compactuar com esse nível de arbitrariedade. O recado é claro: não vamos recuar. Vamos até o fim pela anistia e pela liberdade dos injustiçados.”
Fonte: revistaoeste