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Canibais na Europa consumiam cérebros de inimigos há 18 mil anos: descoberta arqueológica fascinante

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Na Polônia pré-histórica, a selvageria da guerra continuava mesmo depois da morte dos inimigos. É isso que indicam alguns restos humanos encontrados numa caverna na Europa Central, que mostram que presos de guerra sofriam canibalismo depois de mortos.

Uma análise das marcas de cortes e fraturas nos ossos sugere uma prática cruel digna de filme de terror: as orelhas dos inimigos eram removidas logo após a morte, para que os membros dos grupos que habitavam a área retirassem o cérebro dos oponentes e comessem o órgão.

A descoberta das práticas canibais pré-históricas foi divulgada num estudo publicado no periódico Scientific Reports. Os cientistas encontraram evidências de canibalismo em 53 ossos na caverna de Maszycka, um sítio arqueológico próximo à Cracóvia, na Polônia.

Esses ossos têm cerca de 18 mil anos e pertenciam a dez pessoas diferentes: seis adultos e quatro crianças. Com o uso de técnicas avançadas de microscopia 3D, os pesquisadores encontraram marcas e cicatrizes em 68% das amostras.

Por que canibalismo?

A análise detalhada ossos confirmou que as marcas de corte e fraturas não foram feitas por animais selvagens ou acidentes, e sim por outros seres humanos que praticavam canibalismo.

Os cientistas conseguiram encontrar e analisar duas dúzias de fragmentos de crânios. Eles tinham marcas de escalpelamento (couro cabeludo arrancado) e remoção da pele, das orelhas e da mandíbula. Algumas fraturas sugerem que os crânios estavam sendo quebrados de forma intencional com um objetivo em mente: coletar o cérebro.

Mais evidências de cortes e machucados também foram encontrados nos ombros, braços e pernas. Essas marcas também são evidências de canibalismo, já que após a morte os ossos continuavam sendo manipulados, provavelmente para separar a carne.

Parece que participar desse canibalismo não era só uma questão ritual e bélica, mas também uma estratégia nutricional. Cortes e fraturas que se repetem em lugares específicos mostram que os canibais pré-históricos da Polônia buscavam as partes mais cheias de calorias dos corpos, como os músculos, a medula óssea – e o cérebro.

Mesmo assim, é pouco provável que esses europeus pré-históricos estivessem recorrendo ao canibalismo por causa de fome. Evidências arqueológicas da região mostram um aumento populacional na área no mesmo período, comprovando que nutrição não era um problema.

Não dá para ter certeza sobre o motivo das práticas canibais. Outra hipótese levantada pelos pesquisadores é que dinâmicas violentas entre grupos podem ser as principais responsáveis pelas mortes cruéis que esses grupos europeus praticavam. Era provavelmente algo comum na época, já que evidências de canibalismo foram encontradas em outros sítios arqueológicos pela Europa.

Os restos mortais das vítimas estão misturados com ossos de animais. Esse desrespeito pela sepultura dos seres humanos reforça que o motivo do canibalismo era bélico, mesmo. É capaz que os mortos fizessem parte de uma mesma família que foi atacada por um grupo inimigo.

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Fonte: abril

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Fábio Neves

Jornalista DRT 0003133/MT - O universo de cada um, se resume no tamanho do seu saber. Vamos ser a mudança que, queremos ver no Mundo