As chamadas canetas emagrecedoras viraram assunto em todo lugar, seja nas redes sociais ou mesmo nas rodas de conversa. Elas prometem auxiliar na perda de peso de forma rápida e, por isso, despertam curiosidade em quem luta contra a balança.
Mas a grande questão é: até que ponto elas funcionam para todas as pessoas e qual é o limite de segurança no uso. Para esclarecer, o Primeira Página conversou com a nutricionista Brenda Monteiro, que trouxe orientações importantes sobre os benefícios, os riscos e o que realmente garante resultados duradouros.
Na prática, esses medicamentos foram desenvolvidos para tratar a obesidade e, em alguns casos, o diabetes tipo 2. Eles agem aumentando a sensação de saciedade e controlando o apetite, não sendo, portanto, uma solução para quem deseja apenas emagrecer sem acompanhamento médico.
O que dizem os especialistas
Segundo a nutricionista Brenda Monteiro, as canetas podem contribuir para a perda de peso, mas não funcionam isoladamente.
“As canetas emagrecedoras podem, sim, ser uma ferramenta importante para quem precisa, especialmente no início, quando a motivação é mais difícil. Mas pensar nelas como uma solução mágica é um erro. Elas ajudam, mas não substituem a mudança de rotina”, afirma.
A profissional reforça que a verdadeira chave para o emagrecimento sustentável está no estilo de vida. Ter uma alimentação saudável, praticar exercícios e cuidar do sono e do estresse faz diferença não apenas na balança, mas também na energia, na qualidade de vida e na prevenção de doenças.
Riscos e cuidados necessários
Brenda lembra ainda que, como toda medicação, as canetas emagrecedoras apresentam efeitos colaterais que não podem ser ignorados. Entre eles estão:
- perda de massa muscular;
- deficiências nutricionais;
- alterações intestinais e hormonais;
- risco de efeito sanfona;
- em casos mais graves, comprometimento da função pancreática e renal.
“Por isso, o uso deve ser feito com acompanhamento multidisciplinar, envolvendo médico e nutricionista. O emagrecimento precisa vir acompanhado de mudança de comportamento; caso contrário, os resultados não se mantêm”, alerta.
Fonte: primeirapagina