Nesta terça-feira (9), o Distrito Federal e os municípios goianos de Valparaíso de Goiás e Luziânia receberam a liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, em uma ação que marcou a inauguração da biofábrica do método, localizada no Guará, a 10 quilômetros de Brasília.
A tecnologia insere a bactéria nos mosquitos, impedindo que o vírus se desenvolva no organismo do inseto e reduzindo a transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya. Segundo o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante Lacerda, o chamado “Wolbito” tem a função de substituir a população tradicional do mosquito, tornando-a incapaz de transmitir os vírus.
No primeiro semestre de 2025, o Brasil registrou queda de 75% nos casos de dengue e de 73% nas mortes pela doença. Apesar dos resultados, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou que o período de baixa transmissão deve ser usado para conscientizar a população e mapear focos do mosquito.
A nova unidade, uma das maiores operações do método Wolbachia no país, tem capacidade de produzir até 6 milhões de mosquitos por semana. A ação envolverá a distribuição de 20 mil potes semanalmente, com a participação de 26 veículos e 52 servidores por dia. O impacto deve alcançar mais de 750 mil pessoas em dez regiões do Distrito Federal e nos dois municípios goianos.
Método Wolbachia
Ao todo, 16 cidades brasileiras já utilizam a técnica. Curitiba inaugurou em julho a maior biofábrica Wolbachia do mundo, enquanto em Niterói (RJ) os casos de dengue caíram 88% após a aplicação da estratégia. Até o fim de 2025, Natal (RN), Uberlândia (MG) e Presidente Prudente (SP) também devem receber a novidade.
Fonte: cenariomt