Economia

Brasil rejeita interferência judicial dos EUA, confirma Vieira

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O Brasil não irá negociar com os Estados Unidos qualquer tipo de interferência judicial em assuntos internos. A declaração foi feita pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que contou com a presença de representantes de empresas brasileiras e norte-americanas, como JBS, Embraer, Boeing e AWS.

“Não há possibilidade de qualquer negociação entre os dois países que envolva interferência em termos judiciais. Seguiremos resistindo a essas pressões ao mesmo tempo em que insistiremos no respeito às nossas instituições e à nossa soberania”, afirmou Vieira.

O ministro destacou que a taxa de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos EUA é inédita na história de 201 anos das relações comerciais entre os países e está ligada ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Trata-se de medida expressamente adotada por razões políticas relacionadas com o processo envolvendo o ex-presidente da República e seus principais assessores. Essa questão configura tema interno e soberano do Brasil, conduzida no âmbito do poder judiciário e em reação à qual não há qualquer possibilidade de interferência do poder executivo”, disse Vieira.

Vieira reforçou que o país continuará aberto ao diálogo com os EUA, mas atuará em diferentes frentes para superar barreiras tarifárias. Segundo ele, o presidente Lula manteve contatos recentes com líderes da Índia, China, México e França para tratar do tema.

O ministro também anunciou planos para discutir uma reforma estrutural da Organização Mundial do Comércio (OMC), buscando separar as questões comerciais das políticas como caminho para solucionar o atual impasse.

Fonte: cenariomt

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