“Então, além de engano nós acharmos que essa briga, entre aspas, da China com os Estados Unidos, ou melhor, dos Estados Unidos com a China, isso possa ser bom para o Brasil e para nossas exportações, não acredito nisso. A China precisa muito dos Estados Unidos e os Estados Unidos precisam muito da China. Existe uma simbiose dessas economias e, uma sem a outra, existem grandes prejuízos, e eu não consigo enxergar eles brigando e perdendo com isso. E o Brasil pode ser mais uma vez perdedor, porque o problema dos Estados Unidos com a China e que há um déficit comercial gigantesco favorável para os chineses contra a economia americana”, opinou Mauro em entrevista do Broadcast do Estadão.
Desde o início de seu primeiro mandato, o presidente Donald Trump tem travado um confronto com a China, e, em seu retorno à Casa Branca, tem intensificado ainda mais seus ataques. No entanto, quem pensa que seus alvos estão restritos apenas aos chineses está enganado.
Em um discurso no Congresso dos Estados Unidos, Trump reforçou sua defesa da política protecionista, anunciando planos para implementar uma série de novas tarifas. Durante sua fala, ele citou o Brasil como um dos países que, segundo ele, sempre “usaram tarifas contra os EUA”.
O aço brasileiro foi o primeiro alvo das medidas de Trump, com a imposição de uma tarifa fixa de 25%, que tem afetado principalmente empresas como Ternium e ArcelorMittal. Até o momento, a estratégia do setor tem sido negociar com os Estados Unidos para evitar represálias, mas, caso não haja acordo, parece que a única alternativa será retaliar os estadunidenses.
O governo brasileiro tem tratado o assunto com cautela.
Fonte: leiagora