O Brasil retoma o investimento em energia hidrelétrica com foco em pequenas centrais e grandes projetos binacionais. O governo estuda a construção de uma segunda hidrelétrica binacional em parceria com a Bolívia, aproveitando o potencial do Rio Madeira.
A declaração foi feita pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante evento sobre os resultados do leilão de energia de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
“Hoje celebramos a retomada da indústria hidrelétrica no Brasil. Este é mais um marco histórico do governo Lula. Acabamos de realizar o leilão das PCHs de até 50 megawatts, um passo fundamental para uma transição energética justa e inclusiva”, afirmou o ministro.
Hidrelétrica binacional
Silveira destacou que o governo busca expandir a cooperação técnica com a Bolívia, seguindo o modelo de Itaipu com o Paraguai. O objetivo é desenvolver grandes hidrelétricas e garantir aproveitamento eficiente do potencial hídrico do Rio Madeira.
“Conversei com o presidente Lula sobre a importância desse projeto. A ideia é avançar e quem sabe concretizar uma nova binacional, replicando o sucesso de Itaipu”, declarou.
PCHs
Sobre as PCHs, o ministro classificou o leilão como de extremo sucesso, com potência contratada de 816 MW e deságio de 3,16%. A garantia física atingiu 466 MW médios e o preço médio ficou em R$ 392 por megawatt. Os investimentos estimados chegam a R$ 8 bilhões, envolvendo 65 empreendimentos vencedores.
“O certame registrou 241 projetos cadastrados totalizando 3 mil megawatts, sendo a maioria proveniente das pequenas centrais hidrelétricas”, acrescentou Silveira.
Serão beneficiados 13 estados, com destaque para a Região Sul, que recebeu 45 empreendimentos. Santa Catarina lidera com 27 projetos, seguida por Paraná (11), Rio Grande do Sul (7) e Mato Grosso (6). Outros estados contemplados incluem Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Rondônia, Espírito Santo e Pernambuco.
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Fonte: cenariomt