O Brasil apresentou uma redução expressiva na mortalidade causada por hepatites virais na última década, impulsionada pelo fortalecimento da vacinação e das estratégias de prevenção. Segundo o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, divulgado pelo Ministério da Saúde, o país reduziu em 50% o coeficiente de mortalidade por hepatite B entre 2014 e 2024, caindo de 0,2 para 0,1 óbito por 100 mil habitantes.
Em relação à hepatite C, a queda foi ainda maior, atingindo 60%. Em 2014, eram registrados 1 óbito por 100 mil habitantes, número que caiu para 0,4 em 2024. As metas seguem alinhadas às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que propõe reduzir os óbitos em 65% e a incidência em 90% até 2030.
O Ministério da Saúde também anunciou uma plataforma inédita de monitoramento para apoiar a busca ativa e o cuidado com a população, permitindo que estados e municípios identifiquem lacunas e aprimorem ações locais.
Além dos avanços técnicos, o ministro da Saúde enfatizou o esforço das equipes de vacinação, destacando o aumento na cobertura vacinal contra hepatite B em recém-nascidos, que subiu de 82,7% em 2022 para 94,19% em 2023. Esses resultados reforçam o compromisso nacional com a eliminação das hepatites virais como problema de saúde pública até 2030.
Como parte das ações do Julho Amarelo, foi lançada a campanha “Um Teste Pode Mudar Tudo”, que incentiva a testagem, a vacinação e o tratamento para conter a transmissão das hepatites virais no país.
Fonte: cenariomt