Um dos responsáveis por evitar a cassação do mandato do deputado federal André Janones (Avante-MG), acusado de praticar “rachadinha”, o também deputado condenou essa prática no passado. Em 2021, por exemplo, o psolista criticou o senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ) por supostamente cometer a mesma ilegalidade.
O termo “rachadinha” se refere ao desvio de parte do salário de assessores para os políticos que os contratam.
À época, investigadores apontaram um desvio de R$ 6,1 milhões de assessores de Flávio Bolsonaro. Segundo a polícia, o operador da rachadinha era Fabrício Queiroz. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no entanto, arquivou a denúncia em 16 de maio de 2022.
Por esse motivo, o psolista havia dito que “rachadinha é corrupção”. Conforme Guilherme Boulos, essa seria uma das razões que poderiam levar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a cadeia. O deputado deu as declarações em seu perfil do Twitter/X, em 27 de outubro de 2021.
![Boulos: Reavaliação De ‘Rachadinha’ Como ‘Corrupção’ Antes De Absolver Janones 2 Nesta quarta-feira, 5, entretanto, Boulos apresentou um parecer na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados que recomenda o arquivamento do pedido de cassação de André Janones (Avante-MG), por ter praticado'rachadinha'](https://medias.revistaoeste.com/qa-staging/wp-content/uploads/2024/06/Guilherme-Boulos.jpg)
Já nesta quarta-feira, 5, Boulos apresentou um parecer na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados que recomenda o arquivamento do pedido de cassação de Janones.
Segundo Boulos, os fatos ocorreram antes do atual mandato de Janones. Ele também afirma que não há justa causa para a cassação. “A representação do PL traz fatos antes de o representado ser deputado federal”, afirmou Boulos, na votação. “O Judiciário fará seu trabalho.”
Além disso, o deputado do Psol afirmou que quem votou em Janones tinha conhecimento de denúncias contra o parlamentar que envolvem a prática da rachadinha.
Boulos disse que o relatório não discutia o mérito da “rachadinha”. “Essa não é a discussão que o relatório faz e que esse conselho está fazendo”, observou. “Essa é a discussão que a Justiça fará, e deve fazer.”
O psolista também argumentou que há precedentes para o arquivamento de casos semelhantes.
Fonte: revistaoeste