Nunca houve um golpe de Estado, afirmou o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele falou à imprensa ao chegar ao (STF) nesta terça-feira, 10, onde a 1ª Turma retomou os interrogatórios dos réus na ação penal que investiga uma suposta trama golpista para reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022.
“Golpe não existiu”, disse aos jornalistas. Bolsonaro declarou à imprensa que a ideia de golpe seria apenas uma hipótese. “Eu tenho que provar que sou inocente ou eles têm que provar que sou culpado?”
O ex-presidente afirmou a pretensão de apresentar 11 ou 12 vídeos em seu depoimento. Segundo a ordem estabelecida pela Corte, ele será o sexto a depor. “Se eu puder ficar à vontade, se preparem, vão ser horas.” A sessão desta terça-feira teve início às 9h, com a previsão de prosseguir com o depoimento do ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier Santos.

Nesta segunda-feira, 9, prestaram depoimento o tenente-coronel e o ex-diretor da (Abin) Alexandre Ramagem — atualmente deputado federal. Cid negou que o então presidente Jair Bolsonaro tenha assinado medidas para uma suposta tentativa de golpe de Estado. O objetivo seria impedir a posse de Lula.
A afirmação respondeu a uma pergunta de Luiz Fux. “Em várias ocasiões, o senhor falou que, nessa qualidade de anteparo de Bolsonaro, tinha função de pressionar o presidente para assinar minutas de estado de defesa, de sítio, etc.”, disse o ministro. “Esse documento foi assinado?”
Cid afirmou que não. “Inclusive, essa era a grande preocupação do comandante do Exército, Freire Gomes”, declarou Cid. “Por isso que ele me chamava várias vezes. O general tinha receio que o presidente assinasse qualquer coisa sem consultar e sem falar com ele antes.”
Fonte: revistaoeste