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MATO GROSSO

Bolsonarismo: Mato Grosso se destaca como reduto da direita e influência política

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A mais recente pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas confirma o que as urnas já vinham sinalizando: Mato Grosso é um estado majoritariamente alinhado à direita do espectro político. Segundo o levantamento, 47,5% dos eleitores mato-grossenses se identificam com a direita, enquanto apenas 16,4% se declaram de esquerda. Os demais se dividem entre o centro (20,3%) ou não souberam responder (15,8%).

O perfil conservador se reflete na composição da bancada federal eleita em 2022. O senador Wellington Fagundes (PL) foi reeleito com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao lado de nomes como Coronel Fernanda, Amália Barros (substituída após seu falecimento por Nelson Barbudo), e José Medeiros, todos filiados ao Partido Liberal (PL), sigla de Jair Bolsonaro. Além deles, Fábio Garcia e Coronel Assis, ambos do União Brasil, também conquistaram vagas na Câmara defendendo pautas de direita e mantendo proximidade ideológica com o bolsonarismo.

A força da direita no estado contrasta com a baixa representatividade histórica da esquerda. O Partido dos Trabalhadores (PT), por exemplo, nunca conseguiu eleger um governador em Mato Grosso. No Senado, a sigla teve apenas uma representante na história: Serys Slhessarenko, que exerceu mandato entre 2003 e 2011.

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O levantamento reforça ainda mais essa tendência. Quando perguntados sobre a possibilidade de votar em um candidato ao governo ou Senado indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, 66,9% dos entrevistados disseram que votariam com certeza ou poderiam votar. Em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a rejeição é alta: 60,4% afirmaram que jamais votariam em um nome apoiado por ele.

A pesquisa foi realizada entre os dias 7 e 11 de maio de 2025, com 1.540 eleitores de 60 municípios, e apresenta margem de erro de 2,5 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%. O levantamento foi contratado pelo próprio Instituto Paraná Pesquisas com recursos próprios, utilizando amostragem estratificada e entrevistas presenciais.

Em um estado onde a direita já é maioria declarada, os dados indicam que o discurso conservador, associado ao bolsonarismo, segue forte e enraizado na identidade política de Mato Grosso mesmo dois anos após a derrota do capitão na eleição passada. O que acaba por impactar também diretamente na composição do pleito de 2026.

Isto porque a maioria dos candidatos disputam o apoio do Bolsonaro ou do PL, buscando uma proximidade com a cúpula nacional da direita para ganhar a simpatia do eleitorado. O governador Mauro Mendes (União), pré-candidato ao Senado, é um dos que tem se esforçado para estar nos eventos em defesa da anistia e posar ao lado de Jair Bolsonaro. 

Enquanto isso, outros nomes também dispontam no campo da direita, como um que já bem conhecido como José Medeiros, que deve buscar uma vaga ao Senado, e ainda Antonio Galvan (DC), ex-presidente da Aprojsa e considerado como ultraconservador. Janaina Riva (MDB), apesar de estar em rota de colisão com Mendes, também tenta garantir uma aliança com o PL, que tem o sogro, o senador Wellington como candidato ao governo. Correndo por fora, o empresário Odílio Balbinotti ensaia uma filiação no PL, o que poderia gerar uma disputa interna com o Fagundes. 

Fonte: leiagora

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