BNDES investe em preservação de biomas com novo gestor e fundo socioambiental

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a segunda fase do programa Floresta Viva, com investimento inicial de R$ 100 milhões do fundo socioambiental para projetos de preservação e restauração florestal em diferentes biomas do país. O montante pode alcançar até R$ 250 milhões caso se confirmem parcerias com entidades públicas e privadas.

O objetivo é contratar um gestor para articular projetos em biomas como Cerrado, Caatinga, Pantanal, Pampa e Mata Atlântica. A iniciativa prevê ainda capacitação de organizações sociais, povos tradicionais, assentados da reforma agrária e agricultores familiares.

Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a ação busca unir participação social, recuperação ambiental e geração de renda sustentável. A proposta reforça a regulação climática, a proteção da biodiversidade e a recuperação de nascentes e bacias hidrográficas.

Na primeira fase do programa, concluída em 2023, o banco conseguiu alavancar quase R$ 500 milhões em recursos, apoiando mais de 60 projetos e recuperando 8,5 mil hectares. Entre as iniciativas destacaram-se a recuperação de manguezais e a conservação de áreas no Cerrado e na Caatinga.

O Floresta Viva 2 terá ciclos sucessivos de seleção pública, garantindo maior agilidade na aprovação de projetos e ampliando o impacto das ações ambientais. A expectativa é que o novo gestor seja contratado antes da COP30, que ocorrerá em novembro de 2025, em Belém (PA).

O programa também pretende apoiar ao menos 20 organizações sociais com formação prática em monitoramento e reintrodução de espécies nativas, fortalecendo a agenda estratégica de restauração ambiental e econômica do Brasil.

Poderão apresentar propostas para atuar como parceiro gestor entidades privadas sem fins lucrativos, além de autarquias e fundações públicas federais, exceto aquelas dependentes de recursos diretos da União.