As finais do Autocross e Kartcross entregaram muita emoção no sábado (8), no Autódromo Bom Futuro, em Cuiabá. O que o público viu nas pistas foi só uma parte da história. Nos bastidores, a rotina é intensa, com suor e dedicação de pilotos, equipes e organizadores — um universo onde a paixão pelo automobilismo off-road se mistura com desafios físicos e financeiros de alto nível.
Por trás das largadas e ultrapassagens, há uma estrutura robusta que movimenta investimentos significativos e quase 200 pessoas envolvidas diretamente na organização.
Nos bastidores se vê ainda muitos cabos, câmeras e microfones além dos 30 carros do AutoCross e os mais de 80 do KartCross. As corridas foram transmitidas ao vivo pelo pelo canal AutoCross Brasil no YouTube e pelo BandSports.
“O público vê o espetáculo na pista, mas o que acontece antes e depois de cada largada é uma verdadeira maratona. São semanas de preparo, ajustes e dedicação total”, comentou Gian Pasquiali, CEO do AutoCross. “É um esporte que exige preparo físico e psicológico e times unidos em busca do objetivo”.
A exigência é tamanha que, ao final de uma prova decisiva, os pilotos chegam a perder até 4 kg de peso corporal, resultado do esforço e da intensidade das disputas. Entre um estágio e outro das provas é comum ver os próprios pilotos ajudando na manutenção do carro.
Mais do que uma competição, as finais do Autocross e Kartcross se transformam em uma grande celebração do esporte. Famílias inteiras se envolvem na organização, nas equipes e nas arquibancadas transformando o evento em um ponto de encontro da comunidade apaixonada por velocidade e adrenalina.
“O Autocross e o Kartcross não são apenas corridas. São histórias de superação, amizade e amor pelo automobilismo”, completou Gian.
Entre famílias inteiras e grupos de amigos, o clima é de concentração e festas nas arquibancadas lotadas do Autódromo Bom Futuro. A cada ultrapassagem, a reação vem imediata: gritos, braços levantados, celulares gravando. Há quem feche os olhos nas curvas mais ousadas, e quem levante antes mesmo de o vencedor cruzar a linha de chegada. E se perdeu algo, telões de LED espalhados pela pista e camarotes deixam todos atentos nos mínimos detalhes.
“Quando eles alinham os carros, o coração dispara. É impossível ficar parado. A gente sente o cheiro da pista, da velocidade e parece que está lá dentro com eles”, contou Paulo Mendes, torcedor que acompanha as provas todos os anos.
Nas arquibancadas, o público reage a cada derrapagem e curva. O som dos motores domina o autódromo e, para muitos, é parte da experiência.
“Eu gosto de motor, desse barulho de velocidade. A estrutura proporcionada para os torcedores foi muito boa. Foi minha primeira vez aqui e só tenho elogios a tudo que vi e senti”, disse a empresária Luciana Prado, que veio de Várzea Grande com a família para acompanhar as corridas.
Desde cedo, o autódromo ficou cheio. Famílias, grupos de amigos e apaixonados por velocidade formaram o cenário fora da pista, enquanto os pilotos encaravam a disputa por cada posição.
“Trago meu filho porque quero que ele sinta o que é isso. Aqui é emoção de verdade”, afirmou o bancário Rogério Farias, com o filho de 10 anos ao lado após o fim de uma das baterias.
A renda do estacionamento, com valor de R$ 30 por carro, foi totalmente revertida para a Ação Social realizada pela organização do evento, em benefício da Comunidade Imaculado Coração de Maria, da Paróquia Nossa Senhora da Guia.
Fonte: gazetadigital






