Nesta segunda-feira, 5, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), LuĂs Roberto Barroso, participou de um evento, na Corte, com magistrados que ocupam o mesmo cargo que ele em paĂses da AmĂ©rica Latina.
Estiveram no ato representantes dos Tribunais Constitucionais dos seguintes paĂses: BolĂvia, Chile, ColĂŽmbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, MĂ©xico, Paraguai, Peru, RepĂșblica Dominicana e Uruguai.
Durante a cerimĂŽnia, Barroso criticou as notĂcias falsas que circulam nas redes sociais e disse que âmentir tem de voltar a ser errado novamenteâ. âO que aconteceu no mundo contemporĂąneo Ă© que cada uma das tribos passou a criar a sua prĂłpria narrativa e a verdade foi perdendo a importĂąnciaâ, disse. âOs fatos jĂĄ nĂŁo sĂŁo mais os fatos objetivos, sĂŁo os fatos alternativos que cada um cria para os fatos corresponderem Ă s suas crenças, jĂĄ que, muitas vezes, as crenças nĂŁo correspondem aos fatos.â
Conforme o presidente do STF, âesse Ă© um problema graveâ. âNĂŁo podemos deixar de ter em linha de conta ao pensar o mundo contemporĂąneoâ, defendeu. âA verdade, numa democracia Ă© plural, a verdade nĂŁo tem dono, mas as mentiras deliberadas tĂȘm e nĂłs precisamos ser capazes de combatĂȘ-las.â

De acordo com Barroso, o Brasil enfrenta trĂȘs criminalidades: a comum, a organizada e a institucional.
Barroso observou que a segurança pĂșblica Ă© a segunda maior preocupação dos brasileiros, atrĂĄs apenas de economia e saĂșde, que empatam em primeiro lugar. Disse ainda que o Brasil tem 35 mil homicĂdios dolosos por ano â o que corresponde a 10% dos homicĂdios do mundo.
Como uma das soluçÔes de enfrentamento da violĂȘncia,
Para o juiz do STF, contudo, o mecanismo propĂ”e um plano de ação ao Estado do Rio de Janeiro que diminui a âletalidade policialâ, reconhece que âmatar gente pobre nĂŁo pode ser polĂtica de segurança pĂșblicaâ e empodera a PolĂcia Federal.
Fonte: revistaoeste