Economia

Banco Central decide manter taxa de juros em 15% ao ano em meio à desaceleração econômica

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O Banco Central (BC) optou por não alterar a taxa básica de juros, mantendo a Selic em 15% ao ano pela segunda reunião consecutiva. A decisão, tomada por unanimidade pelo Comitê de Política Monetária (Copom), já era esperada pelo mercado financeiro.

Essa marca mantém a Selic no maior patamar desde julho de 2006, quando atingiu 15,25% ao ano. Desde maio do ano passado, quando estava em 10,5%, a taxa passou por sucessivos aumentos, chegando a 15% em julho de 2025.

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Inflação

A Selic é o principal instrumento do BC para controlar a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em setembro, o IPCA acelerou para 0,48%, impactado principalmente pelos custos da energia, totalizando 5,17% em 12 meses, acima do teto da meta contínua de inflação.

No entanto, o IPCA-15 de outubro apresentou desaceleração, influenciado pela queda nos preços de alimentos pelo quinto mês consecutivo. A meta de inflação, segundo o sistema contínuo em vigor desde janeiro, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

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O Relatório de Política Monetária divulgado no fim de setembro revisou a previsão do IPCA para 2025 para 4,8%, podendo ser ajustada conforme o comportamento do dólar e da inflação. O mercado financeiro, por meio do boletim Focus, projeta um fechamento do ano em 4,55%, levemente acima do teto da meta.

Crédito mais caro e crescimento econômico

O aumento da Selic encarece o crédito e desestimula produção e consumo, ajudando a conter a inflação. Por outro lado, freia o crescimento econômico. O Banco Central revisou a projeção de crescimento do PIB de 2,1% para 2% em 2025, enquanto o mercado projeta expansão de 2,16%.

A taxa Selic é referência para demais juros da economia e utilizada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Juros mais altos seguram a demanda que pressiona os preços e incentivam a poupança. Reduzi-la barateia o crédito e estimula o consumo, mas pode enfraquecer o controle da inflação.

Fonte: cenariomt

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