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‘Baleia-jubarte bate recorde ao viajar 13 mil km em busca de acasalamento’

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Um macho de baleia-jubarte viajou mais de 13 mil quilĂŽmetros, a maior distĂąncia jĂĄ registrada para esses animais, provavelmente com o objetivo de acasalar. A descoberta foi feita por cientistas ao analisar registros e encontrar evidĂȘncias do mesmo indivĂ­duo em lugares totalmente distintos.

No estudo publicado na revista Royal Society Open Science, uma equipe internacional de cientistas analisou uma grande base de imagens de baleias-jubartes registradas em vĂĄrios paĂ­ses do mundo. O indivĂ­duo macho foi primeiro flagrado na costa da ColĂŽmbia, no Oceano PacĂ­fico, em 2013, num pequeno grupo com outras baleias (esses bichos nĂŁo costumam viver em comunidades muito grandes).

Em 2017, o mesmo indivĂ­duo foi fotografado novamente na costa colombiana. Os cientistas conseguiram identificar que se tratava da mesma baleia por conta das marcas idĂȘnticas em  sua cauda, alĂ©m de cicatrizes e outros padrĂ”es em seu corpinho esbelto.

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Registros da mesma baleia jubarte na ColÎmbia em 2013 (a), na ColÎmbia em 2017 (b) e na Tanzùnia, em 2021 (c). (Royal Society Open Science (2024)/Reprodução)

SĂł que, em 2021, esse bicho foi registrado em um grupo diferente de baleias em Zanzibar, um arquipĂ©lago na costa da TanzĂąnia, no oriente da África. O local, no Oceano Índico, fica a 13 mil quilĂŽmetros da costa colombiana.

Essa espĂ©cie de mamĂ­feros marinhos Ă© conhecida pelas longas migraçÔes – saindo das regiĂ”es mais frias prĂłximas aos polos em direção Ă s ĂĄguas mais quentes nos trĂłpicos. Mas o novo valor Ă© um recorde: antes, sĂł se sabia de viagens de uns 8 mil quilĂŽmetros, mais ou menos.

O ponto inicial e final da jornada indicam que o macho percorreu a costa oeste da América do Sul até a pontinha do Chile, onde passou pelo Cabo Horn e entrou no Atlùntico. Ele então cruzou o oceano e deu a volta no Cabo da Boa Esperança, na África do Sul, subindo a costa oriental do continente africano até a Tanzùnia.

MigraçÔes de baleias-jubarte frequentemente envolvem a missĂŁo de encontrar outros indivĂ­duos do sexo oposto para procriar. Como o macho foi encontrado num grupo que continha tambĂ©m fĂȘmeas, os cientistas consideram que este caso nĂŁo Ă© diferente.

E mais: a equipe especula que, ao longo do caminho, o grandalhão pode ter encontrado outros grupos de jubartes– e procriado durante a viagem. O verdadeiro turismo sexual.

Fonte: abril

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