“Hoje completa 300 km, e tem mais 580 km até Corumbá, e depois descer o Guaporé. Acho que mais 25 dias eu termino”, diz ele, enquanto mostra o caiaque totalmente equipado.
Evandro já acumula mais de 6,5 mil quilômetros de navegação, incluindo travessias marcantes como a descida de Cuiabá até Buenos Aires, pelo Rio da Prata, há três anos. Em 2023, foi de Sapezal até Santarém (PA), passando pelos rios Papagaio, Juruena e Tapajós.
A bordo da pequena embarcação, Evandro filtra a própria água, cozinha em um fogareiro e usa uma antena portátil de internet via satélite para se manter conectado e compartilhar os registros da jornada.
O trecho escolhido para a expedição atual passa por uma área que ele ainda não havia percorrido em outras navegações. O maior desafio, segundo Evandro, será a passagem pela região Descalvados, uma antiga propriedade histórica do Pantanal, às margens do Rio Paraguai, próxima de Cáceres.
“Vai ser bronca […] são 100 km de nada, tem que dormir no mato, no aguapé”, disse, referindo-se à vegetação aquática típica da região.
Fonte: Olhar Direto