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O impacto de guardar segredos do filho sem o conhecimento do parceiro: como isso afeta os relacionamentos familiares?

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Numa relação afetiva, partilhar as nossas experiências e os nossos sentimentos é um elemento essencial. Geralmente, quanto mais próximos somos de alguém, mais nos abrimos a essa pessoa, contando-lhe segredos que não compartilhamos com os outros. Mas isso é válido também na relação entre pais e filhos? E mais: é válido quando se trata de guardar um segredo do filho, escondendo-o do cônjuge?

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“Nas famílias, mesmo que haja convivência diária, as partes interagem de formas distintas, por conta do diferente vínculo emocional que é criado e mantido”, explica a psicóloga Lariza Monteiro, ressaltando que a qualidade desse laço pode ser diferente por parte do filho em relação a cada um dos genitores. Por isso, um filho pode escolher se abrir mais apenas ao pai ou à mãe, guardando do outro seus segredos. Aí a questão é a forma como o outro reage a essa “preferência”.

“É uma relação triangular. No momento em que você exclui
alguém dessa relação, vai depender da reação da pessoa que foi excluída. Pode
ser positiva, no sentido de que ela compreende que o filho ou filha se sente
mais ável com o outro cônjuge ou pode ser um sentimento de exclusão e
rejeição, o que é muito comum no ser humano”, analisa Ana Campos, psicóloga do
Hospital Marcelino Champagnat.

Para Lariza, a chave está no diálogo entre o casal a respeito disso. “Existe a possibilidade de essa situação ter um impacto no relacionamento do casal quando não se compreendem esses vínculos e não se dialoga sobre eles”, diz ela. “O casal deve compreender as demandas dos seus filhos e deles mesmos, buscando a melhor solução para o conjunto”.

Isso porque, caso o cônjuge “excluído” dos segredos saiba lidar com a situação, a proximidade do filho com o outro cônjuge pode ser um elemento muito importante para o seu desenvolvimento e para sua como pessoa. Em um período como o da adolescência, em que se corre o risco de um distanciamento entre pais e filhos, pode fazer uma grande diferença o fato de que exista essa ao menos com um dos genitores. Mas é claro: não é fácil lidar com essa exclusão.

“A questão de pertencer ou não pertencer a uma relação é uma fonte de tensão muito grande no ser humano. No momento em que, numa relação entre três pessoas, uma é deixada de fora, ela pode passar a questionar a sua posição nessa relação”, aponta Ana. “O casal pode sim chegar a um acordo em comum, mas o fato de um filho se aproximar mais de um dos cônjuges do que do outro gera questões muito mais profundas do que um acordo entre um casal”.

Fonte: semprefamilia.com.br

Sobre o autor

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Fábio Neves

Jornalista DRT 0003133/MT - O universo de cada um, se resume no tamanho do seu saber. Vamos ser a mudança que, queremos ver no Mundo