Um olhar que dura um segundo a mais, um frio na barriga inesperado, um pensamento que insiste em voltar… e logo vem a dúvida: “Será que não amo mais meu parceiro?” ou “Será que tem algo errado comigo?”
Antes de se culpar, é importante saber: esse tipo de situação é muito mais comum do que parece — e não é, por si só, um sinal de problema no relacionamento.
Do ponto de vista psicológico, a atração é um reflexo natural. Nosso cérebro é programado para perceber estímulos sociais e sentir interesse pelo que é agradável, novo ou intrigante.
Isso pode acontecer mesmo em relacionamentos felizes e estáveis.
E aqui está o ponto-chave: atração não é amor. Enquanto o amor se constrói em compromisso, história compartilhada e projetos em comum, a atração é leve e passageira, quase como uma bolha de sabão.
A psicologia entende essas “escapadinhas da mente” como respostas a diferentes fatores:

Sentir-se atraído não significa agir de acordo. O perigo muitas vezes está mais na culpa do que no sentimento em si. Algumas atitudes podem ajudar:
⚡ Curiosidade
Pesquisas em psicologia evolutiva mostram que a atração por outros, mesmo estando em casal, pode ser vista como resquício biológico da busca por novidade — mas isso não significa que precise ser seguida na prática.
Se essa atração começar a incomodar ou ocupar espaço demais, pequenos cuidados ajudam:

Sentir atração por outra pessoa significa que não amo meu parceiro?
Não. Atração é natural e não anula o amor existente.
É normal sentir culpa nesses casos?
Sim, mas a culpa não ajuda. O importante é diferenciar sentir de agir.
Devo contar ao meu parceiro sobre essa atração?
Não necessariamente. Mais útil pode ser conversar sobre necessidades ou desejos no relacionamento.
A terapia de casal ajuda nesses casos?
Sim. Um terapeuta pode oferecer ferramentas para lidar com sentimentos e fortalecer a relação.
Fonte: curapelanatureza