O ativista político Gabriel Costenaro falou ao programa , sobre a confusão ocorrida na entre ele e o deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ), em abril de 2024. Segundo Costenaro, a narrativa amplamente difundida pelo parlamentar e por setores da esquerda está completamente distorcida.
“Todos os deputados de esquerda estão citando que eu fui atrás dele, que eu fui provocar citando a mãe dele, que é outra mentira”, afirmou Costenaro. “Eu estava parado ali num canto, e ele me aborda (…) E as filmagens que o pessoal gravou ali, se você pegar o vídeo completo que é mais de dez minutos, tem ele me xingando.”
Gabriel Costenaro contou que estava em em prol de motoristas de aplicativo do Rio de Janeiro que buscavam uma articulação política relacionada à regulamentação do setor. “Meu irmão é Uber”, declarou o entrevistado do . “E na época estava tendo a regulamentação do Uber. E como eu tenho contato político com muitos deputados, eu trabalho com isso, eles me pediram ajuda para fazer essa ponte com deputados lá em Brasília.”
O episódio gerou repercussão nas redes sociais e na imprensa e motivou um processo que pode culminar na cassação do mandato de Glauber Braga.
O ativista também criticou a postura de parte da direita em relação ao episódio. “Fico muito mais surpreso em ver uma galera da direita dizer que vai tentar ajudar o Glauber contra essa cassação, que acha que é injusto.”
O deputado é alvo de uma ação do Partido Novo depois de agredir com chutes Gabriel Costenaro. O ativista era integrante do Movimento Brasil Livre (MBL). Na mesma ocasião, o psolista também tentou atacar o deputado (União-SP), coordenador do MBL.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados rejeitou, por 44 votos a 22, o recurso apresentado por Glauber Braga (Psol-RJ) contra a decisão do Conselho de Ética que aprovou sua cassação. Não houve abstenções.
O recurso na CCJ foi analisado nesta terça-feira, 29, e manteve a deliberação do Conselho de Ética, que, em 9 de abril, havia aprovado, por 13 votos, a perda do mandato do deputado do Psol do Rio de Janeiro. Com a decisão, o processo segue para o plenário da Câmara.
A sessão durou mais de seis horas e foi marcada por embates. Parlamentares do Psol afirmaram que a cassação abriria um “precedente perigoso”. A oposição rebateu o argumento.
Por acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a votação no plenário só ocorrerá depois de um prazo mínimo de 60 dias, condição que levou Glauber a encerrar a greve de fome que fazia em protesto contra o processo.
Fonte: revistaoeste