“Converso com ele [Bolsonaro], converso com Valdemar [da Costa Neto]. Quem fez a composição em 2022 do Mauro Mendes com o Bolsonaro fui eu, quem fez essa tratativa toda com Valdemar foi eu. Temos conversado com o PL nacional, aqui no estado e vamos aguardar”, afirmou Cidinho, nesta sexta-feira (14).
Cidinho trabalha para tentar repetir a aliança eleitoral de 2022 para garantir que o grupo de Jair Bolsonaro eleja dois senadores em Mato Grosso para ajudar a alcançar o número de 50 senadores, o suficiente em força no alto Poder Legislativo para fazer andar pedidos de impeachment contra os ministros do Supremo Tribunal Federal.
Nesse cenário, Mauro Mendes seria um dos candidatos ao Senado com potencial para cumprir o acordo com Bolsonaro após ser eleito. De quebra, o atual governador de MT seria ungido candidato do ex-presidente no estado, ganhando espólio político bolsonarista nas urnas.
“Temos conversado [com Bolsonaro, Mauro Mendes tem conversado também. Aquele distanciamento que existia em 2022 não existe mais, aquela desconfiança do Bolsonaro com Mauro Mendes não existe mais. A intenção nossa é essa, estivemos juntos em 2022 e queremos estar juntos em 202 porque somos partidos de centro e de direita. Queremos estar unidos para eleger nosso futuro presidente, nosso governador e a bancada do Senado”, disse Cidinho.
Esse tipo de acordo, no entanto, não será verbalizado e para isso acontecer é preciso equalizar as candidaturas ao governo. Atualmente, Mendes apoia o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) e o PL tem o senador Wellington Fagundes (PL) como pré-candidato, além do ainda não filiado empresário Odilio Balbinotti.
Cidinho é um dos líderes de um grupo empresarial do Brasil inteiro identificados com a direita bolsonarista, que inclui figuras como Luciano Hang (o véio da Havan), tido como conselheiro pessoal de Jair Bolsonaro. Ele também conta com apoio do grande agronegócio em nomes de Blairo Maggi e Eraí Scheffer.
Em 2022, Cidinho fez a ponte para aproximar Mauro Mendes do então presidente, e de Valdemar Costa Neto, para amarrar aliança entre PL e União Brasil em Mato Grosso. Foi comesse acordo que o também candidato ao senado Neri Geller acabou rifado do palanque de Mauro em favor de Wellington Fagundes (PL). Naquele mesmo ano, Cidinho trabalhou pessoalmente na articulação política que garantiu a eleição de Tarcisio de Freitas como governador de São Paulo.
Fonte: Olhar Direto