A Flib (Feira Literária de Bonito) tem se consolidado como um espaço plural. Além dos livros, autores e debates culturais, o evento também abre portas para novos talentos em diferentes áreas. A feira que começou no dia 17 de setembro, e vai até o dia 22 traz personagens marcantes. Entre eles está Aline Alves Pereira, que participa pela primeira vez como expositora.
Porto Murtinho, Aline cresceu em meio à tradição da lida pesada no Pantanal, mas as habilidades eram mais que isso. Inspirada por mulheres que se reuniam para confeccionar peças, aprendeu a técnica do crochê há cerca de dez anos. Hoje, moradora em uma fazenda em Bonito, concilia a profissão de cozinheira com a arte manual, que se tornou uma importante fonte de renda extra. Atualmente, ela integra o grupo Mulheres que Criam, uma iniciativa regional que busca visibilidade e reconhecimento para artesãs locais.
A artesã utiliza diferentes materiais em suas criações, como fio de malha, barbante e fio de polipropileno. As peças variam entre R$ 80 e R$ 180, com destaque para bolsas confeccionadas à mão, adornadas com correntes e argolas.
Para Aline, a presença na feira literária é mais do que uma vitrine: é um ponto de virada.
“É importante porque vai desencadear mais o meu trabalho. Muitas pessoas vão ver e vai mais longe”, afirma.
A estreia de Aline como expositora simboliza a proposta da FLIB de valorizar a diversidade cultural. O evento amplia sua programação para além da literatura, criando pontes entre arte, economia criativa e histórias pessoais que se entrelaçam ao redor dos livros.
Fonte: primeirapagina