A Apple está utilizando aviões cargueiros para transportar cerca de 1,5 milhão de iPhones da Índia para os Estados Unidos. A estratégia busca mitigar os efeitos das tarifas impostas pelo governo de .
O aumento da produção no território indiano foi uma resposta direta às novas políticas tarifárias, conforme informações da Reuters.
Desde março, a empresa emprega seis jatos de carga, cada um com capacidade para 100 toneladas, para efetuar o transporte. Um desses aviões decolou exatamente quando as novas tarifas entraram em vigor.
O peso de um iPhone 14, com seu cabo de carregamento, é de aproximadamente 350 gramas, o que totaliza uma carga de 600 toneladas com 1,5 milhão de unidades.
Impacto das tarifas nos preços dos iPhones
De acordo com a agência de notícias Reuters, especialistas ressaltam que os preços dos iPhones nos EUA podem subir, em virtude da alta dependência das importações da China pela Apple. O país asiático, principal centro de manufatura da empresa, foi alvo de uma sobretaxa de 125% imposta por Trump. A Índia, por sua vez, teve 26% aplicados sobre seus produtos.
Ainda segundo a Reuters, a Apple fez lobby no Aeroporto de Chennai, na Índia, para acelerar o processo alfandegário. O objetivo é reduzir o tempo de processamento de 30 para seis horas.
Produção e logística da Apple na Índia
Por ano, a Apple comercializa mais de 220 milhões de iPhones no mundo. A empresa de pesquisa de mercado Counterpoint Research estima que, atualmente, 20% das importações de iPhones para os Estados Unidos vêm da Índia, enquanto a maior parte ainda é fabricada na China.
Na Índia, a Apple intensificou a produção em 20% na principal fábrica da Foxconn, que agora opera até mesmo aos domingos. No ano passado, essa unidade produziu 20 milhões de iPhones, o que inclui os modelos mais recentes.
O planejamento para otimizar o processo alfandegário na Índia levou cerca de oito meses, com o apoio do governo do primeiro-ministro Narendra Modi. Nos últimos meses, as remessas da Foxconn da Índia para os EUA atingiram números significativos, com mais de 85% das cargas sendo descarregadas em grandes cidades norte-americanas.
Fonte: revistaoeste