Via @ndmais | O que parecia ser uma deficiência permanente era, na verdade, uma farsa de mais de cinco décadas. Um idoso fingiu ser cego na Itália, recebendo ao longo dos anos uma soma impressionante de mais de € 1 milhão (equivalente a R$ 6,2 milhões) em benefícios por invalidez.
O caso, envolvendo um morador de Vicenza, de 70 anos, veio à tona após uma investigação policial minuciosa, que flagrou o homem realizando atividades que exigem visão completa.
A vida dupla do aposentado acusado de fingir cegueira
O homem foi declarado totalmente cego há cerca de 53 anos, após um suposto acidente de trabalho, conseguindo se aposentar por invalidez e arrecadar indevidamente uma grande quantia em dinheiro ao longo do tempo. No entanto, sua vida dupla começou a levantar suspeitas.
Os policiais decidiram então monitorá-lo de perto. O esquema foi desmantelado após mais de dois meses de monitoramento, conduzido pela polícia de Vicenza, que coletaram evidências inegáveis da fraude.
O flagrante que desmascarou o idoso fingiu ser cego
A atuação do idoso chegou ao fim após as autoridades conseguirem filmá-lo realizando tarefas que provavam que ele não era cego. O aposentado foi flagrado praticando jardinagem com ferramentas perigosas.
Além disso, ele foi visto circulando pela cidade sem qualquer esforço ou auxílio, olhando vitrines de produtos e lojas, pagando em dinheiro sem a necessidade de assistência. As filmagens serviram como prova crucial de que o idoso fingiu ser cego.
Fraude milionária e as consequências legais
Imediatamente após a conclusão da investigação, a polícia informou as autoridades competentes, que ordenaram a suspensão imediata de todos os benefícios sociais e previdenciários que o idoso vinha recebendo.
O Ministério Público de Vicenza formalizou as acusações por fraude contra o Estado italiano. Foi ordenada uma auditoria que resultou na tributação de mais de € 200 mil (equivalente a R$ 1,2 milhão) em rendimentos ilícitos.
Esse valor corresponde aos rendimentos auferidos pelo idoso nos últimos cinco anos, o período mais longo possível para uma liquidação de imposto.
Guilherme Xavier
Fonte: @ndmais
