Em entrevista ao , Ananias afirmou que não faz críticas pessoais a Sílvio, mas questionou duramente a decisão política da prefeita. Segundo ele, a nomeação contradiz o discurso adotado por Flávia durante toda a campanha. “Eu não tenho nada contra o Sílvio, mas eu só acho que é uma incoerência uma pessoa que criticou durante a campanha todinha, levantando suspeição, ela levar para o governo. Só acho que é incoerência”, afirmou.
A nomeação de Sílvio Fidelis foi publicada no Diário Oficial de Várzea Grande nesta sexta-feira (19) e ocorreu com o objetivo de melhorar a relação política da prefeita com a Câmara Municipal. Fidelis substitui Andrea Carolina Melo de Oliveira, que pediu exoneração do cargo. Com a mudança, ele se torna o terceiro secretário de Governo da gestão em menos de um ano. Antes dele, a pasta foi comandada por Benedito Lucas, que deixou o posto em junho.
Ananias ressaltou que a decisão é uma prerrogativa exclusiva da prefeita, mas disse ficar frustrado com o movimento. “A decisão de levar é dela, é única e exclusivamente dela de nomear os assessores diretos dela ou não. Eu, como presidente do PL, fico triste. Ela tem N maneiras de fazer essa interlocução com o Legislativo”, declarou.
O dirigente partidário foi ainda mais duro ao classificar a nomeação como “vergonhosa”, ao lembrar que Flávia Moretti construiu sua campanha com críticas severas à gestão anterior, da qual Fidelis fez parte. “Eu sinto que é vergonhoso, porque se eu faço uma campanha todinha criticando uma pessoa, criticando as ações dela na administração anterior, e chama essa pessoa para o governo? Quem estava errado? Quem estava sendo criticado ou quem está chamando agora para o governo?”, questionou.
O presidente do PL também disse que não pretende chamar a prefeita para uma conversa sobre o assunto, reforçando que se trata apenas de sua opinião política.
“Eu não irei chamá-la para conversar. Eu só estou dando opinião. É direito dela. Ela faz o que ela quiser, ela chama quem ela quiser. Eu nunca pedi para ser consultado em nenhum ato da prefeitura, sobre os assessores diretos. Agora, também não posso concordar com aquilo que foi criticado durante a campanha, porque vendeu para o povo mudança”, completou. Para ele, até é possível aproveitar quadros de outras gestões, mas não aqueles que foram alvos diretos de ataques durante o processo eleitoral.
Antes da nomeação, Sílvio Fidelis estava à frente da Secretaria de Educação de Nobres e atuava como assessor especial da Secretaria Municipal de Educação (SME). Ele também já comandou a Secretaria de Educação de Várzea Grande na gestão de Lucimar Campos (União) e presidiu a União dos Dirigentes Municipais de Educação de Mato Grosso (Undime).
Fonte: Olhar Direto
