O Serviço Geológico dos Estados Unidos emitiu um alerta sobre o risco de liquefação do solo em Mianmar depois de um terremoto. A agência classificou a ameaça como “extensiva”, pois a área afetada supera mil quilômetros quadrados, abrangendo mais de um milhão de pessoas.
Conforme o Serviço Geológico dos EUA explica, a liquefação é a perda de resistência de solos soltos e saturados de água, causada pelo tremor de um terremoto, resultando em um solo que se comporta mais como um líquido do que como um sólido.
“A liquefação pode causar o tombamento de edifícios, a expulsão de areia e água em ‘vulcões de areia’ e a deformação permanente da superfície do solo”, afirma o órgão norte-americano.
Impactos do terremoto e esforços de ajuda

O terremoto ocorreu na sexta-feira 28. O número de mortos passa de 1,6 mil. O epicentro foi localizado a 16 quilômetros a noroeste de Mandalay, uma das principais cidades de Mianmar.
O tremor foi sentido em regiões distantes, incluindo partes da Tailândia, como a capital Bangkok, e algumas áreas da China.
O chefe da Organização das Nações Unidas, António Guterres, anunciou que está se mobilizando para ajudar os necessitados depois do terremoto. A Cruz Vermelha também relata destruições significativas.
“A infraestrutura pública foi danificada, incluindo estradas, pontes e prédios públicos. Atualmente, temos preocupações com represas de grande porte”, disse Marie Manrique, coordenadora de programas da Federação Internacional da Cruz Vermelha.
Destruição em Mianmar e na Tailândia
Em Mianmar, a mídia estatal relata o colapso de duas pontes e a destruição de diversos edifícios em pelo menos cinco cidades. Mandalay, antiga capital real e centro do budismo do país, está entre as áreas mais afetadas.
Na Tailândia, o terremoto causou cenas dramáticas quando um arranha-céu em construção desabou em Bangkok. O ministro da Defesa, Phumtham Wechayachai, confirmou que nove pessoas morreram no desabamento. Equipes de resgate estão empenhadas em retirar mais de 101 pessoas ainda presas nos escombros.
Embora a liquefação possa causar danos significativos a edifícios e infraestrutura, o Serviço Geológico dos EUA afirma que ela não tem causado tantas mortes quanto deslizamentos de terra, que também se tornam um problema para as regiões afetadas depois do abalo sísmico.
Fonte: revistaoeste