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Alergia: Saiba como tratar e prevenir as crises alérgicas

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As alergias respiratórias estão cada vez mais presentes na população brasileira. Sejam causadas por ácaros, poeira, animais ou alimentos, as reações alérgicas podem atrapalhar significativamente o dia a dia. Os antialérgicos costumam ser a primeira opção para aliviar os sintomas, mas o tratamento vai muito além deles.

O médico alergista Adolfo Adami explica que o tratamento para alergias é baseado em três pilares:

  • Controle ambiental
  • Uso de medicamentos
  • Imunoterapia alérgeno-específica, quando indicada.

Segundo ele, os antialérgicos são amplamente utilizados por conta do fácil acesso, mas é preciso cuidado:

“Todo medicamento traz consigo o risco associado ao uso, além do efeito benéfico desejado. Alguns têm maior risco do que outros. Por exemplo, o corticoide oral apresenta risco muito maior do que os anti-histamínicos”, explica o médico.

A médica alergista Adriana Cunha acrescenta que muitos antialérgicos de primeira geração provocam efeitos colaterais como sonolência, irritação, aumento de apetite e dificuldade de concentração.

“Na verdade, eles só aliviam os sintomas momentaneamente. Então, esses não são mais os indicados. Hoje, preferimos os antialérgicos mais modernos, de segunda geração. Mas, acima de tudo, é fundamental tratar a raiz do problema”, afirma.

Adriana destaca a importância da investigação clínica, com a realização de testes alérgicos, que podem identificar os agentes causadores das reações.

“Com esses testes conseguimos descobrir qual é o alérgeno e, assim, mudar o ambiente da pessoa ou iniciar a imunoterapia”, explica.

A imunoterapia, conhecida popularmente como “vacina para alergia”, é uma alternativa eficaz que reduz progressivamente a sensibilidade do organismo ao alérgeno.

O tratamento consiste na aplicação de doses crescentes da substância causadora da alergia, seja por via sublingual ou injetável. Com o tempo, o corpo passa a tolerar melhor o alérgeno, diminuindo significativamente os sintomas.

A imunoterapia é indicada para casos como:

  • Rinite alérgica e asma
  • Conjuntivite alérgica
  • Alergias causadas por picadas de insetos (abelhas, formigas, vespas, marimbondos)
  • Dermatite atópica e outras alergias de pele

Adriana Cunha reforça a importância de procurar um médico especialista em alergias, para evitar diagnósticos equivocados e restrições desnecessárias.

“Restrições mal orientadas não só atrapalham a qualidade de vida, como também podem induzir o surgimento de novas alergias. O ideal é ser avaliado por um médico alergista reconhecido pela Sociedade Brasileira de Alergia para obter o diagnóstico correto”, alerta.

Prevenção e controle

Além do tratamento, é possível reduzir as crises alérgicas com medidas simples de controle ambiental. Segundo Adriana Cunha, o ambiente influencia diretamente na frequência e intensidade das reações.

“Indicamos lavagens nasais para remover secreções e o uso de anti-inflamatórios tópicos, como corticoides com absorção sistêmica praticamente nula”, explica.

Já para o médico Adolfo Adami, a prevenção das alergias ainda carece de evidências científicas, mas algumas práticas podem ajudar a diminuir as chances de desenvolvimento de quadros alérgicos, principalmente na infância.

“Aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses, alimentação o mais natural possível, rica em frutas e vegetais, evitar ultraprocessados, além de promover maior contato com a natureza e ambientes abertos, podem ser algumas estratégias”, destaca.

Fonte: primeirapagina

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