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Alergia: Causas, Sintomas e Tratamentos Explicados

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Se você sofre com alergias respiratórias ou conhece alguém que convive com a condição, é provável que já tenha se perguntado: por que temos alergias? Afinal, por que o organismo reage com tanta intensidade a substâncias aparentemente inofensivas, como ácaros, poeira ou pelos de animais?

Em entrevista ao Primeira Página, os médicos alergistas Adriana Cunha e Adolfo Adami explicam como funciona o mecanismo das alergias e tiram dúvidas comuns sobre rinite, sinusite e suas diferenças.

O que é uma alergia?

A alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico a substâncias que, para a maioria das pessoas, não causam nenhuma reação.

Esses elementos são chamados de alérgenos e podem estar presentes no ar, em alimentos, medicamentos, insetos ou materiais de uso cotidiano.

“É uma resposta ‘errada’ desencadeada por uma predisposição genética e pela interação com o ambiente”, explica Adolfo Adami.

“Em geral, o alérgico tem essa marca em seu DNA. Sempre que for exposto ao alérgeno, os sintomas vão se manifestar”, completa Adriana Cunha.

Embora não tenha cura, a alergia pode ser controlada com o diagnóstico correto, acompanhamento médico e mudanças de hábitos.

Rinite x Sinusite: qual é a diferença?

A rinite e a sinusite são frequentemente confundidas porque compartilham sintomas como nariz entupido, coriza, espirros e dor de cabeça. Segundo os especialistas, elas são “irmãs”, e uma pode ser consequência da outra.

“A rinite é uma inflamação restrita à cavidade nasal, e a sinusite, da mucosa dos seios da face. Mas essa divisão é apenas didática. Na prática, quase sempre ocorre o acometimento de ambas, o que chamamos de rinossinusite”, explica Adami.

“A partir do momento que há sintomas nasais, há uma conexão interna do nariz com os seios da face. E dessa maneira, esse acúmulo nos seios da face inflama, dói a cabeça, aumenta a secreção, pode ficar escura, amarelada, esverdeada, e isso é o que nos faz suspeitar da presença de sinusite. Portanto, sempre há uma rinite não tratada por trás de uma sinusite”, completa Adriana.

Quais são os principais causadores de alergias respiratórias?

Os aeroalérgenos são os vilões mais comuns. De acordo com os especialistas, entre os principais causadores estão:

  • Ácaros da poeira doméstica
  • Fungos e mofo
  • Epitélios de animais (pelo e pele)
  • Baratas
  • Pólens

Essas substâncias se acumulam com facilidade em ambientes fechados e mal ventilados, o que explica a piora das alergias em épocas mais secas e frias, como o outono e o inverno.

Como diferenciar alergia de infecção viral?

De acordo com Adriana Cunha, alergias respiratórias são frequentemente confundidas com resfriados ou gripes, já que os sintomas são semelhantes: coriza, congestão nasal, espirros e mal-estar.

“Quando há febre, é mais fácil identificar uma infecção viral. Mas a ausência de febre não descarta gripe ou resfriado. O ideal é observar a duração e a frequência dos sintomas”, alerta a médica.

Enquanto as alergias são recorrentes, especialmente em contato com o alérgeno, as infecções virais costumam ser pontuais e autolimitadas, melhorando em poucos dias.

Tem cura? Como tratar?

Não existe cura definitiva para a maioria das alergias, mas é possível controlar os sintomas e reduzir as crises. O tratamento pode incluir:

  • Evitar exposição ao alérgeno
  • Uso de medicamentos antialérgicos ou anti-inflamatórios
  • Lavagens nasais com soro fisiológico
  • Imunoterapia (vacinas antialérgicas)
  • Acompanhamento com alergista
  • Manter o ambiente limpo, arejado e sem acúmulo de poeira ou mofo é essencial, assim como hidratar bem o corpo e as vias respiratórias.

Fonte: primeirapagina

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