Economia

Alckmin afirma: Boa química entre líderes pode reduzir tarifas dos EUA

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O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira (24) que a boa química entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump, será fundamental para buscar uma solução para o tarifaço norte-americano, que aplica taxas de até 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA. Alckmin participou de evento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no Rio de Janeiro.

Durante o encontro, Alckmin reforçou que a proximidade entre os líderes pode agilizar o diálogo e destacou o breve encontro não programado entre Lula e Trump na 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Segundo o presidente em exercício, o diálogo deve avançar com foco em soluções justas.

Trump descreveu Lula como um homem muito agradável e afirmou ter encontrado uma química excelente entre eles, propondo um encontro bilateral ainda sem data definida, que pode ser presencial ou por telefone. O Palácio do Planalto confirmou que Lula aceitou a proposta.

Alckmin também reiterou a posição brasileira de que o tarifaço iniciado em 6 de agosto é injusto, destacando que a tarifa média dos EUA sobre produtos brasileiros é de apenas 2,7% e que oito dos dez principais produtos americanos exportados ao Brasil não enfrentam taxas.

Questionado sobre negociações que envolvam o etanol americano, Alckmin afirmou que há espaço para diálogo em questões tarifárias e de investimentos, ressaltando os 201 anos de amizade entre os dois países.

Protecionismo

O presidente americano justifica o tarifaço com medidas protecionistas, alegando déficit comercial com o Brasil, mesmo que dados oficiais mostrem o contrário. O país sul-americano, junto à Índia, é o mais impactado, com taxas de até 50%. Trump também mencionou o tratamento dado pelo Brasil ao ex-presidente Jair Bolsonaro como argumento.

Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, cerca de 35,9% das exportações brasileiras para os EUA foram afetadas pelo tarifaço. Em agosto, as exportações de produtos taxados caíram 22,4% em relação ao mesmo mês de 2024, enquanto itens não taxados registraram queda de 7,1%, com cerca de 700 produtos isentos das taxas.

Fonte: cenariomt

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