Os Arranjos Produtivos Locais (APLs) são grupos de empresas e produtores localizados em uma mesma região e que tem a mesma especialidade produtiva. As certificações são as primeiras para bovinocultura de leite e produção de queijo concedidas no estado.
Leopoldina
Em Leopoldina, estiveram presentes na solenidade o vice-presidente do Sistema Faemg Senar, José Alfredo Quintão, o presidente do Sindicato Rural de Leopoldina, Salviano Junqueira, o presidente da Cooperativa Agropecuária Regional Leste de Minas Gerais (Coopleste), Marcelo Junqueira, o presidente da associação brasileira de criadores de girolando, domício Arruda Silva, o vice-presidente da associação brasileira de produtores de girolando, Cláudio Moura, e o subsecretário de desenvolvimento regional do estado de Minas Gerais, Lucas Pitta, que entregou o certificado.
Durante a entrega do título, Lucas Pitta ressaltou a importância da bacia leiteira da zona da mata para o estado e sua capacidade de melhorar a qualidade de vida das pessoas.
“O melhor projeto social que podemos ter é a geração de emprego e renda. Com dinheiro, a pessoa tem opção do que vai consumir, onde vai investir e como vai escolher viver”, disse Lucas.
O vice-presidente do Sistema Faemg Senar, José Alfredo Quintão, ressaltou que é merecido o reconhecimento pela APL, devido ao trabalho desenvolvido na região, e elogiou os presentes.
“É uma honra estar aqui representando o Sistema Faemg Senar. Tenho nessa mesa muitos parceiros de caminhada no trabalho de desenvolvimento da pecuária na região”, afirmou.
Juiz de Fora
Em Juiz de Fora, a solenidade contou a presença da prefeita da cidade, Margarida Salomão, do presidente do Sindicato Rural de Juiz de Fora, Domingos Frederico Neto, do diretor de projetos de desenvolvimento local da secretaria de estado de desenvolvimento econômico, Marco Antônio gaspar, além de secretários do governo municipal e produtores rurais.
O Arranjo Produtivo Local do Queijo Caminho Novo, trouxe para as cidades envolvidas a certificação que vai permitir a comercialização dos seus produtos com mais valor agregado, além de possibilitar melhores opções em captação de recursos, desenvolvimento da atividade e aumento da qualidade. Estão incluídas na APL as cidades de Juiz de Fora, Santos Dumont, Matias Barbosa, Belmiro Braga, Santana do Deserto e Simão Pereira. Cerca de 2300 produtores podem ser beneficiados.
O presidente do SPR de Juiz de Fora, Domingos Frederico, afirmou que esta é uma grande vitória para os produtores de queijo da região. “Vamos ter um queijo marcado e certificado, assim como é o canastra, agora teremos nosso queijo minas do caminho novo. O sindicato, com apoio da universidade, prefeitura e outras entidades, possibilitaram essa certificação”, disse.
A prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, acredita que esta é a peça que faltava para que os queijos da região ganhassem novos mercados.
“Estamos dando à uma cultura tradicional, que é o queijo pelo qual somos muito conhecidos, uma nova aura, que é a da gourmetização, de lidar com o produto no circuito turístico, o que aumenta o valor agregado do produto e incorpora mais pessoas nessa rede da produção e do trabalho. Isso possibilita o sucesso desses produtos no Brasil e no mundo”, afirmou Margarida Salomão.
Marco Antônio Gaspar, diretor de projetos de desenvolvimento local da secretaria de estado de desenvolvimento econômico, explicou que essa iniciativa tem como principal objetivo incentivar as principais cadeias de cada região.
“Temos locais com vocações muito conhecidas, como Dona Eusébia que é o segundo maior polo de produção de mudas do Brasil e recebeu a APL no ano passado. Leopoldina e toda a zona da mata é muito forte na produção de leite, e a região de Juiz de Fora com os queijos. A intenção é incentivar essas vocações para melhorar o desempenho desses setores”, afirmou Marco Antônio.
Luiza Lopes é produtora de queijos e estava presente no evento. Seus produtos foram expostos em uma mesa para degustação dos convidados. Ela é egressa do ATeG e disse que o Arranjo Produtivo Local vai possibilitar a busca por novos mercados. “Vai melhorar muito a divulgação dos nossos produtos e a busca por recursos para otimizar nossa produção”, contou Luiza.
A certificação da APL tem validade de três anos e deve favorecer o desenvolvimento de pequenos e médios produtores da região, aumentando seus mercados e melhorando a competitividade.
Fonte: portaldoagronegocio
