Segundo dados da Secex, o Brasil exportou a todos os destinos 12,4 mil toneladas da fruta de janeiro a julho, redução de 45% em comparação com os mesmos meses de 2021. Em receita, foram arrecadados US$ 26,2 milhões, recuo de 49% na mesma comparação.
O menor desempenho neste período já era esperado, considerando os impactos significativos do clima mais chuvoso sobre a produção do Vale do São Francisco (PE/BA) – os reflexos foram tanto em volume quanto em qualidade. Apesar da diminuição significativa frente ao ano passado, os embarques estão bem acima da média para o período: comparando com o exportado nestes meses na média da década de 2010 (2010 a 2019), houve aumento de 374% em volume e de 327% em receita.
No mês de julho/22, especificamente, o desempenho foi 85% menor que o de junho/22, em volume. O cenário é justificado pela baixa disponibilidade de uvas brancas sem semente em praticamente todas as empresas embaladoras – já faz algumas semanas que a maioria delas se encontra com estoques bastante reduzidos. Para agosto, os envios ainda podem ser lentos, já que a oferta das variedades brancas sem semente ainda continua baixa – a previsão é de aumento apenas a partir de setembro, quando ocorre a abertura da janela de exportação do segundo semestre.