No dia 25 de setembro a Tropical Melhoramento & Genética (TMG) recebeu em sua matriz, localizada em Cambé (PR), convidados para apresentar o trabalho que é realizado com sementes de soja, algodão e milho. Dotada de uma tecnologia de ponta e um processo altamente eficiente para análise de dados, a TMG vem abastecendo o mercado interno com sementes de alto desempenho nas principais culturas.
A TMG é uma empresa brasileira criada há 20 anos pela união de produtores que necessitavam de variedades agrícolas mais resistentes a pragas e doenças, e também mais resistentes a variações de fatores abióticos, como características físico-químicas do solo, temperatura e disponibilidade hídrica e decidiram investir em novas tecnologias visando o melhoramento genético de tais espécies combinando análises laboratoriais, em casa de vegetação e no campo. Hoje, a empresa possui mais 14 bases espalhadas pelos principais estados de produção agrícola: RS, PR, MS, MT, GO e BA e vem sendo dirigida há 10 anos por Francisco Soares, profissional que possui uma ampla visão sobre o mercado e seu comportamento futuro, almejando alcançar grandes avanços e parcerias com diversas companhias nacionais e internacionais. Essas parcerias permitem que a TMG lance sementes com as melhores e mais avançadas tecnologias. Atualmente a empresa não vende diretamente as sementes, pois atua no desenvolvimento de alta resistência e demanda. A distribuição é realizada por mais de 100 multiplicadores licenciados.
Nos 20 anos de existência a TMG alcançou a liderança em produção de sementes de algodão, através de sete variedades comerciais de alta eficiência. Além do algodão ela também possui uma ampla cartela de sementes de soja, sendo 24 variedades comercializados. Está em desenvolvimento o que eles chamam de nova geração de sementes de soja, uma vez que o mercado se encontra em constante crescimento de 4% ao ano na área plantada e apresenta grandes possibilidades para o desenvolvimento. Apesar de já ter uma grande parcela do mercado de soja e algodão a empresa continua a expansão e pretende lançar sua primeira cartela para o milho em breve, dado que o interesse pelo plantio do milho na segunda safra, durante o vazio sanitário da soja, vem aumentando.
A visita foi focada em apresentar a tecnologia aplicada em sementes, atualmente são necessários de sete a dez anos para um avanço genético, quando iniciado do zero, como é o caso do milho. No entanto, cultivares como soja e algodão que já possuem pesquisas em andamento a TMG tem trabalhado para encurtar esse tempo cada vez mais, com meta de alcançar os cinco anos para o avanço genético. Toda a tecnologia utilizada na semente tem um tempo de vida útil de, aproximadamente, seis anos, pois, após esse período, a eficiência não atinge os padrões esperados pelo produtor quando comparada aos constantes lançamentos. Sendo assim, a empresa se prepara para que o lançamento de novas variedades seja constante.
Para manter o desenvolvimento, a TMG possui um banco próprio de germoplasma que é responsável por guardar milhares de amostras genéticas de variedades de cada produto. Esse banco permite que as pesquisas sejam mais eficientes, uma vez que as variedades presentes nele já foram devidamente estudadas e possuem os marcadores genéticos necessários para que possa haver cruzamentos e melhorias de maneira mais rápida.
Durante a visita a TMG apresentou três de suas instalações:
Laboratório de biotecnologia: responsável pela análise de 25.000 amostras diárias e 40 milhões de análises anuais. Possui uma logística impressionante e vários equipamentos de alta precisão para que as amostras sejam analisadas da maneira mais rápida e eficaz possível, o que evita a necessidade de milhares de horas em plantios desnecessários e testes de qualidade. A empresa possui hoje um programa de logística que visa reduzir o tempo e melhorar a qualidade da análise de dados, buscando sempre a maior eficiência.
Laboratório de fitopatologia e nematologia: responsável pela cultura de diversos patógenos e a inoculação destes nas variedades para testes de resistência. Esse setor recentemente passou por uma reforma devido a alta demanda.
Casas de vegetação: são nestes locais que o trabalho mais demorado é realizado, onde os cultivares são testadas, o cruzamento de diferentes variedades acontece e a resistência aos patógenos é testada. Possuem estruturas robustas e rígidos protocolos para evitar contaminações.
A TMG vem crescendo cada vez mais nos mercados em que atua e possui programas de pesquisa e desenvolvimento admiráveis, no qual pretendem investir 2 bilhões de reais nos próximos 10 anos, mostrando grande eficiência e representando o Brasil na área de melhoramento genético.
- Para mais informações sobre a Tropical Melhoramento Genético acesse: https://www.tmg.agr.br/
