O mercado de café iniciou esta terça-feira (14) com movimentação mista nas bolsas internacionais. Enquanto o arábica registra alta sustentada pelas condições climáticas adversas no Brasil, o robusta segue em queda, influenciado pelo aumento expressivo das exportações do Vietnã.
Conforme informações do Barchart, o desempenho positivo do arábica é atribuído às chuvas abaixo da média histórica em Minas Gerais, principal região produtora do Brasil. Dados da Somar Meteorologia indicam que o estado recebeu apenas 31% da precipitação esperada na semana passada, totalizando 29,6 mm.
Por volta das 8h50 (horário de Brasília), os contratos futuros do café arábica apresentavam os seguintes valores:
- Março/25: alta de 65 pontos, cotado a 326,60 cents/lbp;
- Maio/25: aumento de 40 pontos, valendo 322,30 cents/lbp;
- Julho/25: avanço de 45 pontos, negociado a 316,55 cents/lbp;
- Setembro/25: alta de 60 pontos, cotado a 309,45 cents/lbp.
Em contraste, o robusta mostrou recuo significativo:
- Janeiro/25: queda de US$ 91, cotado a US$ 4.876/tonelada;
- Março/25: baixa de US$ 28, negociado a US$ 4.874/tonelada;
- Maio/25: recuo de US$ 30, cotado a US$ 4.796/tonelada;
- Julho/25: redução de US$ 29, negociado a US$ 4.720/tonelada.
O cenário no mercado de robusta reflete, entre outros fatores, o aumento expressivo nas exportações do Vietnã, maior produtor global dessa variedade. Na sexta-feira (10), o Departamento Geral de Alfândega do Vietnã reportou um crescimento de 102,6% nas exportações de café em dezembro, pressionando os preços no mercado internacional.
Esses movimentos evidenciam a influência direta das condições climáticas e das dinâmicas de oferta e demanda no comportamento dos preços do café, reafirmando a volatilidade característica desse mercado.
Fonte: portaldoagronegocio